Reportagem publicada em um jornal eletrônico da capital no fim da tarde de ontem davam conta de uma possível ruptura de filiados do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transportes Coletivo Urbano de Rondônia (Sitetuperon), a reportagem do Verdade, em entrevista cedida na manhã desta sexta-feira, 13, mostra a real situação sobre o caso.

Entenda

Após o distrato dos contratos com as empresas três marias e Rio Madeira, está última que já estava em situação financeira adversa passou a sofrer ainda mais pois estava sem contrato de prestação de serviço.

A falta de contrato levou a Rio Madeira a uma situação caótica, segundo Edilson Pereira, presidente do sitetuperon, relatou ao Verdade que até para prestação de serviços como a entrega de diesel pela fornecedora ficou difícil: “a Rio Madeira não tem condições de permanência”, disse ele.

No dia 11 de novembro uma paralisação momentânea de motoristas e cobradores da empresa no período da tarde foi feita sob alegação de que o diretor da empresa Rio Madeira teria retirado uma grande quantia em dinheiro dos cofres da empresa, Edson Piacentini, advogado da que representa a firma afirmou à época que o movimento era legal e que dinheiro foi usado para pagamento de despesas comuns. 

 O presidente do sindicato classificou o episódio como “infeliz”, explicando que a situação já está esclarecida. Apesar disso ele fala sobre o atraso de salários dos trabalhadores “Eles (os trabalhadores) estão com dificuldade para receber, há dois meses estão sem salário e sem vale (de alimentação), alguns não receberam as férias”.

Ele defendeu a saída da empresa Rio Madeira e lamentou que a Três Marias tenha que se retirar por fazer parte do consórcio pois de acordo com ele a empresa é “mais sólida” e poderia permanecer no sistema.

Desfiliação, empregados, sindicato e oposição

O presidente do sindicato alegou que não houve desfiliação de nenhum empregado, principalmente no que diz respeitos a funcionários da empresa Rio Madeira, segundo a informação é uma manobra da oposição, que concorreu a última eleição à presidência do sindicato. “Desafio a qualquer um deles (oposição) trazerem uma ficha de desfiliação do trabalhador, porque o trabalhador em nenhum momento procurou se desfilar do sindicato”, disse ele.

Ele ainda afirmou que as mesmas pessoas que “implantaram informações na mídia” estão se enganando os trabalhadores e se aproveitando da situação de instabilidade que eles vivem para tentar, segundo ele pessoas estão indo aos terminais colhendo assinaturas com o pretexto de colocarem um advogado junto a administração da empresa Rio Madeira. “Eles estão mentido para o trabalhador, dizendo que a lista que eles estão assinando é para levar a justiça, para justiça colocar um oficial dentro da empresa para administrar os recursos para pagar salário”, disse.

A ficha referida por ele foi usada como inscrição para nomeação de uma comissão independente em defesa dos direitos de funcionários da Rio Madeira. A mesma ficha foi o tema central da notícia divulgada onde pelo veículo de comunicação Rondônia Agora, a qual o presidente do sindicato disse “não existir”.

Saída das empresas, direitos trabalhistas e novas empresas

Edison disse que vem conversando com a prefeitura e com os presidentes do novo consórcio formados por Rovema, de Porto Velho e Amazon Tour, do Amapá. Segundo ele a negociação segue com desfecho positivo pois as empresas irão, assim que estiverem operando, absorver a mão de obra existente, foi o que disse Adelio Barafaldi no dia 09 deste mês (novembro): “Vamos aproveitar o máximo de trabalhadores, porque eles já estão acostumados e principalmente capacitados para o serviço", afirmou.

Segundo o presidente do Sitetuperon o aproveitamento de funcionários é uma clausula que está no contrato e que aqueles que querem entrar no sistema transporte urbano deve assumir o ônus, ele espera que a situação seja melhor para a classe com a chegada das novas empresas “A expectativa é das melhores”, disse ele. As novas empresas começa a operar na capital em 60 dias.