O anúncio do cancelamento de 50% dos voos da empresa aérea Gol, em Rondônia, na semana passada, foi recebida com preocupação pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Rondônia (Fecomércio-RO). A decisão afetará principalmente o preço das passagens no Estado, que já é uma das mais caras do País e parcela do empresariado. Segundo consultor da Presidência da Fecomércio-RO, Osvino Juraszek, não chegou a ser surpresa, até porque a federação já havia sido informada da situação, no final do ano passado durante uma reunião que contou com a participação de um representante da empresa, Infraero, empresários e Associação Brasileira de Agências de Viagem em Rondônia (ABAV-RO). “A notícia nos entristeceu porque a Fecomércio-RO, em parceria com o Governo do Estado, a Infraero e outros parceiros já vem trabalhando em cima de um projeto que visa o fortalecimento do turismo regional. Nesse projeto está o alfandegamento do aeroporto pela Receita Federal, e a diminuição da alíquota dos combustíveis de aeronave que caiu de 25% para 4%”, comentou. Osvino disse, no entanto, que a Fecomércio-RO dará continuidade ao projeto de fortalecimento dos voos regionais e que vai trabalhar no sentido de reverter a situação. “Hoje sabemos que pesa muito na operação de grandes empresas aéreas em Rondônia a falta de estrutura dos nossos aeroportos. São questões que exigem investimento e já estamos discutindo a situação com o Governo do Estado”, lembrou. Ao finalizar, Osvino lembrou também que a posição estratégica de Rondônia como entreposto para os voos com os países vizinhos a América Andina, principalmente Bolívia e Peru com quem o Estado já possui relação comercial. “Só o trabalho pode reverter a situação. Isso exigirá da Fecomércio-RO, do Governo do Estado e dos parceiros comerciais muito trabalho e articulação política. |