Quinta-feira, 20 de abril de 2017, um dia antes do feriado nacional de Tiradentes, essa é a data escolhida pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Urbano (Sitetuperon) para iniciar a paralisação definitiva do sistema.
O sitetuperon aprovou neste sábado (15) em assembleia geral a greve dos trabalhadores do transporte coletivo da capital.
Você acompanhou no Notícias RO a paralisação realizada na última quinta-feira (15) na avenida Sete de Setembro que durou cerca de meia hora. A chamada operação tartaruga já era um prenuncio de uma paralisação do sistema.
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Segundo o presidente do Sindicato, Francinei Oliveira, a greve acontece em decorrência da falta de acordo entre o Sitetuperon e o consórcio que opera o transporte coletivo na capital.
"Como já fiz sempre que falamos de greve, primeiramente eu me desculpo com toda população nós sabemos que causa transtorno e por isso pedimos desculpas, mas são três anos sem reajuste salarial, imagina um pai e uma mãe de família ficar três anos com o mesmo salario e com essa inflação dos últimos anos nas alturas", disse o presidente em tom de lamentação.
Para Luizmar Neves, representante da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários da Região Norte (Fetronorte), a greve que seguirá os termos da lei é justa, uma vez que os trabalhadores estão sem reajuste a três anos
"É como a gente vem falando e vocês vem acompanhando desde o inicio, são três anos sem reajuste salarial, é muito sofrimento para um serviço que é essencial em qualquer sociedade", afirmou Luizmar.
O outro lado
Em entrevista recente a diretora executiva do consórcio que opera emergencialmente o transporte coletivo em Porto Velho declarou que "Com a crise que estamos não dá para aumentar os salários e a tarifa permanecer a mesma".
Há um ano e três meses à frente do transporte coletivo de Porto Velho, o Consórcio SIM se mantém otimista em relação às melhorias que ainda podem ocorrer no sistema.
O contrato é emergencial e ainda não há prazo para um licitação definitiva.
“O Grupo Rovema está há 30 anos no mercado aqui na capital, e sempre tratamos com respeito os nossos colaboradores. Apesar de já termos assumido o sistema com uma grande disparidade entre a tarifa que é cobrada e o reajuste anual de salários da categoria, mantemos em dia a folha e todas os benefícios oferecidos aos nossos funcionários”, disse Elizabete Barofaldi, diretora executiva do consórcio
Reajuste inviável
Elizabete Barofaldi, ainda durante o período de negociação com o sindicato da classe, disse que a preocupação era a cobrança sindicalista para reajuste de 19%. “Isso é completamente inviável. Depois de cinco anos se reajuste de tarifa, só conseguimos o reajuste de R$ 2,60 para R$ 3 depois de muita negociação. Com a crise que estamos não dá para aumentar os salários e a tarifa permanecer a mesma. A tarifa de Porto Velho é a mais barata das capitais brasileiras, não temos nada de subsídio, e por outro lado o salários dos motoristas e cobradores, é o sexto maior do Brasil”, afirmou a executiva.