O desfile das escolas de samba de Porto Velho foi oficialmente cancelado. O anúncio ocorreu na terça-feira (18), após a data ser modificada por duas vezes. De acordo com a Fundação Cultural de Porto Velho (Funcultural), a Federação das Escolas de Samba das Unidades Carnavalescas (Fesec) também concordou com o cancelamento do evento este ano, pois devido a nova legislação em vigor, o repasse do dinheiro as escolas seria entregue dias antes do desfile, que seria realizado no dia 30.
Para o presidente da Fesec, Hudson Mamedes, a série de prazos cumpridos e a nova legislação foram os principais motivos do cancelamento da apresentação das escolas.
“Foi uma decisão unânime, pois a Funcultural entrou com toda a papelada do chamamento, só que a legislação nova é muito rigorosa e foi necessário cumprir diversos prazos assim como manda a lei. O encerramento seria apenas no dia 25 deste mês. O rapasse do dinheiro aconteceria faltando apenas cinco dias para o desfile, tornando inviáveis as apresentações. Por isso entramos em comum acordo para o cancelamento”, explica.
Embora não haja apresentação dia 30, algumas escolas de samba se apresentarão no aniversário de 103 anos de Porto Velho, segundo a Funcultural.
“Nós ficamos tristes com a não realização do evento, pois a cultura local perde e a população também. Em contrapartida, nós conseguimos ajustar com a Funcultural a apresentação das escolas de samba no aniversário da cidade. Outra boa notícia é a realização de seminários de capacitação com pessoas que são referências para melhorar o nosso conhecimento técnico e artístico do carnaval, com parte do dinheiro que seria entregue para as escolas. Com certeza esses eventos vão refletir no desfile de 2018”, finaliza Mamedes.
O secretário da Funcultural, Ocampo Fernandes, informou que a fundação também pretende ajudar as escolas de samba a realizarem eventos para angariar recursos para o custeio das alegorias, fantasias e outros. Uma negociação com uma casa de shows da cidade ja teve início para que as escolas realizem eventos com esse objetivo.
“A ideia é fazer com que essas agremiações carnavalescas se movimentem o ano todo para angariar fundos e não ficar exclusivamente dependendo do repasse de verba do poder público”, declara Ocampo.