Banco da Amazônia tem R$ 5,9 bilhões para investir na região em 2016
Segundo o Plano de Aplicação de Recursos Financeiros as prioridades econômicas para financiamento estão voltadas para três eixos estratégicos, todos ligados a negócios sustentáveis.
O Banco da Amazônia tem para aplicar na região este ano o equivalente a R$ 5,93 bilhões. Os recursos são originários, principalmente, de fontes de fomento como o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), o Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) e o Orçamento Geral da União (OGU). Do total de valores disponíveis, há R$ 4,18 bilhões para fomento, sendo R$ 3,38 bilhões do FNO. O restante, R$ 1,75 bilhão, pertence à carteira de crédito comercial da instituição.
Segundo o Plano de Aplicação de Recursos Financeiros para o ano de 2016, as prioridades econômicas para financiamento do Banco da Amazônia estão voltadas para três eixos estratégicos. O primeiro contempla os projetos sustentáveis prioritários para os Estados da Amazônia Legal, que valorizem as potencialidades locais e, ao mesmo tempo, promovam a melhoria da qualidade de vida da população, a inclusão social e a redução das desigualdades intra e interregionais. O segundo e o terceiro eixos dizem respeito às oportunidades de investimentos e realização de negócios sustentáveis nas mesorregiões e microrregiões dos Estados e os arranjos produtivos locais prioritários nessas localidades.
Do total dos R$ 3,38 bilhões do FNO, que é o carro-chefe das linhas de financiamento do banco, 71,1% serão aplicados em municípios com comprovada carência econômica e social, conforme previsto na Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), do Governo Federal. A PNDR tem por objetivo reduzir as desigualdades entre as regiões brasileiras e promover um maior equilíbrio no acesso a oportunidades de desenvolvimento, levando em consideração fatores como inclusão social, produtividade, sustentabilidade ambiental e competitividade econômica.
O Banco da Amazônia está otimista em relação à aplicação desses investimentos, a despeito da conjuntura econômica do país onde palavras como crise e retração estão na ordem do dia dos investidores e do mercado. A aposta é na ousadia dos empreendedores, os quais, segundo a instituição, devem seguir procurando o Banco para a ampliação de seus negócios.
“Detemos hoje mais de 61% de participação nos créditos de fomento da região Norte, sendo estratégicos para o desenvolvimento dos empreendimentos locais. Seguimos acreditando nas pessoas e em nossas empresas como indutoras do progresso amazônico. Inclusive, não foi à toa que lançamos recentemente uma campanha que tem o otimismo como mote principal. Este otimismo, aliado à força de vontade e ao trabalho, fará toda a diferença”, assevera Marivaldo Melo, presidente do Banco da Amazônia.
O plano da instituição financeira de seguir injetando recursos na economia apesar do cenário atual vai ao encontro das expectativas do empresariado local. De acordo com Dalila Ribeiro Rocha, revendedora de cosméticos há mais de 10 anos, a crise afetou seus negócios e por isso pretende buscar financiamento para capital de giro e, assim, renovar seu estoque de perfumes e produtos de beleza.
“Meus clientes bons e fieis não conseguiram honrar os pagamentos neste período de crise e, para reverter essa situação, aumentei minha jornada de trabalho e estou buscando novos clientes, além de financiamento, o que farei junto ao Banco da Amazônia”, relata a microempreendedora.
Estado de Rondônia terá R$ 696 milhões para dinamizar negócios locais
Para 2016, o Banco da Amazônia tem previsto para o Estado de Rondônia investimentos na ordem de R$ 696 milhões, sendo R$ 574,6 milhões do FNO e R$121,4 milhões de crédito de sua carteira comercial, recursos esses que atenderão empreendimentos de todas as regiões do Estado.
Entre os projetos sustentáveis prioritários para Rondônia está o de Sociobiodiversidade, que beneficiará as regiões do Vale do Guaporé, Mamoré e Baixo Madeira. Já o de Aquicultura e Pesca, que atingirá todas as mesorregiões do Estado, pretende buscar eficiência na infraestrutura da cadeia para fins de logística, além de instalação de frigoríficos de peixe e de sistema de estatística para toda a cadeia produtiva. O de Cafeicultura, previsto para as mesorregiões de Cacoal e Zona da Mata, irá ampliar área plantada com uso de novas tecnologias e estimular o crédito para novas áreas.
No que concerne aos investimentos e realização de negócios sustentáveis nas mesorregiões e microrregiões as oportunidades englobam, por exemplo, investimentos em hortifrutigranjeiros, avicultura, suinocultura, ovinocultura, caprinocultura, agroindústrias, apicultura, cacauicultura e piscicultura.
No que diz respeito aos Arranjos Produtivos Locais, na Pecuária Leiteira, por exemplo, a intenção do Banco da Amazônia é a de investir em produção, envolvendo áreas como a genética, para transferência de embriões; aquisição de matrizes e touros; ciência, tecnologia e inovação e assistência técnica, e o manejo, para recuperação de pastagens; formação de campineiras e silagem; pastio rotativo; capacitação técnica; capacitação do produtor; ciência, tecnologia e inovação e assistência técnica.