Inflação, fim do foro, reforma trabalhista e CPI da Previdência; confira o Giro de Notícias
No Rio, operações em comunidade carioca deixam 3 mil alunos sem aula e ônibus queimados. No plano internacional a OEA diz que estará atenta para evitar que Venezuela vire ditadura.
Operações em comunidade carioca deixam 3 mil alunos sem aula e ônibus queimados
Uma operação policial realizada na manhã de hoje (2) na Cidade Alta, em Cordovil, zona norte do Rio, deixou mais de 3,1 mil alunos sem aula, informou a Secretaria Municipal de Educação (SME). Além disso, vários ônibus foram incendiados. Sete escolas, cinco creches e um espaço de desenvolvimento infantil (EDI) da região estão fechados devido ao risco de tiroteio.
A Polícia Militar disse que foi acionada em razão de um intenso tiroteio entre criminosos na Cidade Alta. A ação conta com policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do 16°BPM, de Olaria, e do 22°BPM, da Maré. Já o Batalhão de Ações com Cães está em Parada de Lucas. Até o momento, a PM informa que já prendeu 26 pessoas e apreendeu 17.
Perto dali, vários ônibus foram incendiados. Pelo menos dois coletivos foram queimados na Avenida Brasil, em frente à Cidade Alta; um na Avenida Bulhões Marcial; um na Avenida Paris e três na Rodovia Washington Luís (BR-040). O Corpo de Bombeiros está a postos para combater o fogo. Com toda a movimentação, há um grande engarrafamento na Avenida Brasil. O Centro de Operações do Rio está em estágio de atenção, devido aos problemas no trânsito.
Mercado financeiro reduz para 4,03% projeção para a inflação este ano
O mercado financeiro reduziu a projeção para a inflação este ano pela oitava semana consecutiva. Agora, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,04% para 4,03%, de acordo com o boletim Focus, uma publicação elaborada todas as semanas pelo Banco Central (BC), em Brasília.
A projeção para a inflação este ano está abaixo do centro da meta que é 4,5%. A meta tem ainda limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2018, a estimativa foi reduzida de 4,32% para 4,30%, no quarto ajuste seguido.
A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia (Produto Interno Bruto – PIB – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) este ano passou de 0,43% para 0,46%. Para o próximo ano, a estimativa permanece em 2,5%.
Para as instituições financeiras, a Selic encerrará 2017 e 2018 em 8,5% ao ano. Atualmente, ela está em 11,25% ao ano. A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
Fim do foro, reforma trabalhista e CPI da Previdência marcam semana no Senado?
A PEC do Fim do Foro passará, a partir de amanhã, pela primeira das três sessões de discussão necessárias antes da votação em segundo turno. Ela foi aprovada em primeiro turno na semana passada. A expectativa é que esteja pronta para ser votada novamente no dia 9. Se for aprovada, será encaminhada à Câmara dos Deputados.
O texto extingue o foro privilegiado para todas as autoridades, exceto os presidentes da Câmara, do Senado, da República e do Supremo Tribunal Federal.
No caso da reforma trabalhista, as primeiras discussões deverão ser a respeito da imposição ou não de urgência para sua tramitação. Diferente do modelo adotado na Câmara, no Senado o texto não deverá passar por uma comissão especial, e sim por pelo menos três comissões de mérito permanentes da Casa: a Comissão de Constituição e Justiça, a Comissão de Assuntos Sociais e a Comissão de Assuntos Econômicos.
Se a urgência for aprovada pelos senadores, no entanto, a matéria pode ter a tramitação acelerada e receber parte desses pareceres diretamente em plenário.
Outro tema que deve começar a ser discutido no Senado esta semana está relacionado à Previdência. Embora a reforma da Previdência ainda não tenha sido votada na Câmara, os senadores já começam a se aprofundar no assunto com o início dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito da Previdência.
A CPI foi instalada na semana passada e vai apurar os números do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e identificar casos de fraude e sonegação. O senador Paulo Paim (PT-RS), autor do requerimento de criação da comissão, presidirá os trabalhos e o senador Hélio José (PMDB-DF) será o relator.
As comissões permanentes da Casa também devem funcionar, analisando projetos que podem ser enviados para análise em plenário. A Comissão de Constituição e Justiça, por exemplo, pode voltar a debater a PEC da Reforma Política, que trata do fim da reeleição para presidente, entre outras coisas.
A Comissão de Assuntos Sociais deve votar projeto que aumenta a alíquota do Imposto de Renda sobre remessa de dinheiro para paraísos fiscais.
OEA estará atenta para evitar que Venezuela vire ditadura
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, advertiu nessa segunda-feira (1º) que ele e os países que integram o órgão vão "vigiar" para que o governo de Nicolás Maduro não consolide" uma ditadura na Venezuela. A informação é da Agência EFE.
"O fato de ter apresentado nota para se retirar da OEA não dá carta branca ao regime para se consolidar como ditadura. Os países garantirão que isso não vai ocorrer", disse Almagro em mensagem divulgada nas redes sociais.
Na última sexta-feira (28), a Venezuela iniciou, com a queixa da Carta da OEA (seu documento de fundação), um processo sem precedentes para retirar o país da organização, algo que, no entanto, não acontecerá nos próximos dois anos.
Almagro recebeu pessoalmente a solicitação das mãos da representante da Venezuela na OEA, Carmen Velásquez. Ela disse que a saída representava "um dia de vitória, um momento histórico, uma nova independência para a Venezuela e região".
O secretário declarou que "a saída da OEA não é a solução, que deve ser a redemocratização do país".
Almagro reiterou que "o cumprimento da Carta Democrática é sim a solução" para superar a crise venezuelana.