Candidato ao Palácio Rio Madeira, senador critica política econômica do governo Temer
Com discurso populista, Acir Gurgacz (PDT/RO) criticou a política econômica e fiscal do Governo Federal que, em sua avaliação, se aliou ao mercado financeiro e aos bancos, favorecendo apenas especuladores do capital, rentistas e grandes corporações transnacionais.
Em discurso ontem no Plenário, o senador Acir Gurgacz (PDT/RO) criticou a política econômica e fiscal do Governo Temer (PMDB) que, em sua avaliação, se aliou ao mercado financeiro e aos bancos, favorecendo apenas especuladores do capital, rentistas e grandes corporações transnacionais.
De acordo com Acir, mesmo com a crise financeira que assola o emprego do brasileiro e garante resultados negativos ao mercado produtivo nacional, o lucro dos bancos foi crescente no primeiro trimestre. Segundo os números que apresentou, o Bradesco cresceu 13%, o Santander 10,8% e o Itaú, 20%. O lucro das três instituições somou mais de R$ 18 bilhões no período, enquanto a produção industrial recuou 1,8% entre fevereiro e março.
“A política econômica do governo, baseada em juros altos, a mesma desde [Joaquim] Levi [ex-ministro da Fazenda de Dilma Rousseff], agora seguida por [Henrique] Meirelles, só aprofundou a tendência de favorecer o mercado financeiro em detrimento do setor produtivo, da indústria, do comércio, dos serviços, que fazem a economia real do País”, lamentou.
Apesar da fala do senador, os juros estão caindo desde o inicio do ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu acelerar o ritmo e reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira de 12,25% para 11,25% ao ano. A taxa já chegou a alcançar o patamar de 14,25% ao ano.
Os analistas das instituições financeiras preveem que o Copom continuará a reduzir a Selic nos próximos meses e que a taxa chegará a 8,5% ao ano no fechamento de 2017, ou seja, em um dígito, algo que não acontece desde o final de 2013, ainda no governo Dilma, que tinha o PDT, partido de Acir na base aliada.
Acir também criticou a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que, a seu ver, não irriga a economia nem estimula o investimento. E lamentou que a pavimentação e duplicação da BR-364 tenha deixado de ser uma prioridade para o Executivo federal.