Tradicionalmente o festival é realizado com o apoio de verbas oficias, seja por meio de emendas parlamentares, seja por convênios diretos com governo e prefeitura.
“Chega de pires nas mãos”. Essa expressão resume o discurso do prefeito Hildon Chaves (PSDB), feito na noite de sábado, no Parque dos Tanques, durante cerimônia de lançamento da 36ª edição do Festival Flor do Maracujá, a maior festa junina do estado de Rondônia. Em seu discurso o prefeito determinou ao presidente da Funcultural, Antônio Ocampo, que comece já neste ano a organizar o festival do ano que vem, buscando parcerias que garantam o patrocínio.
Tradicionalmente o festival é realizado com o apoio de verbas oficias, seja por meio de emendas parlamentares, seja por convênios diretos com governo e prefeitura. O deputado federal Expedito Neto e a deputada Mariana Carvalho, por exemplo, já incluíram no orçamento do ano que vem cerca de R$ 500 mil para o festival.
Ocampo lembrou que desde os tempos da antiga Vila de Santo Antônio, que deu origem à cidade de Porto Velho, que a festa junina é o maior festival da capital rondoniense. Ele disse que não só o Flor do Maracujá, como também o carnaval de 2018 já estão sendo desenhados neste ano, justamente para fugir ao ‘pires nas mãos’ de última hora.
O presidente da Federação dos Grupos Folclóricos de Rondônia (Federon), Fernando Rocha, lembrou que em 2014, por falta de um espaço adequado o festival foi levado para a Zona Leste, no bairro Esperança da Comunidade e mesmo assim “foi um tremendo sucesso”.
O prefeito defendeu que a Federação, juntamente com a Prefeitura, encontrem uma alternativa junto à iniciativa privada. “É preciso mudar, é preciso ir em busca de receita. Se utilizar verba pública, não pode cobrar ingresso. Então, chega de pires na mãos. E se a emenda não chegar, e se os cofres públicos não tiverem dinheiro, Porto Velho vai ficar sem seu maior festival?”, questionou o prefeito que defendeu um projeto sustentável para o festival.
Hildon sugeriu ainda uma mudança no formato do festival. “Esse é o maior evento do Estado, tem potencial enorme para buscar patrocinadores, mas é preciso algumas mudanças, vamos pensar em melhorar a organização, reduzir o número de grupos, fazer fusão entre alguns, sei lá, é preciso rediscutir. No Amazonas dois grupos atraem multidões e a atenção do mundo todo”, disse numa referência aos bois bumbás Garantido e Caprichoso, de Parintins.