Pesquisa identifica que 42% dos jovens fora da escola em Porto Velho têm renda familiar de um salário mínimo
Segundo a pesquisa, 42% dos jovens pesquisados vivem com renda familiar de apenas um salário mínimo; 31% entre um e dois salários mínimos; 17% entre três e cinco salários mínimos e 10% acima de cinco salários mínimos.
O projeto Asas do Saber, a ser desenvolvido na escola estadual Lydia Johnson a partir de agosto, tem suporte em uma pesquisa realizada pela Secretaria da Educação de Rondônia em abril com jovens que estão fora da escola em quatro bairros de Porto Velho. Ela foi feita para se verificar a viabilidade de implantação do projeto.
Foram aplicados 366 questionários, nos dias 28 a 30 de abril, com jovens de 13 a 25 anos, constatando-se uma realidade não muito diferente do cenário nacional, em que 60% dos jovens fora da escola têm entre 15 e 17 anos. Foram pesquisados 140 jovens no Nacional; 118 no Costa e Silva; 45 no São Sebastião I; 43 no São Sebastião II e 20 que residem em outros bairros de Porto Velho.
Segundo a pesquisa, 42% dos jovens pesquisados vivem com renda familiar de apenas um salário mínimo; 31% entre um e dois salários mínimos; 17% entre três e cinco salários mínimos e 10% acima de cinco salários mínimos.
A maioria dos jovens pesquisados é do sexo masculino (57%). Do sexo feminino representam 43%.
Os pesquisadores identificaram entre as maiores razões para a evasão escolar são o trabalho (32,6%); a não aprendizagem (17,4%); falta de transporte (17,4%) e ausência d e gosto pelo estudo (10,6%). Outros motivos correspondem a 22%.
Com o Asas do Saber, o governo de Rondônia pretende oferece oportunidade a jovens dessas regiões que não concluíram ou não ingressaram no ensino fundamental, mediante formação integral que “permitam assumir a posição de sujeitos capazes de superar as condições de desigualdade e falta de oportunidades que condenam, a priori, milhares de jovens à exclusão social”, descreve o projeto.
O Projeto Político Pedagógico (PPP), assim descrito no projeto, deverá atender a permanência do estudante na escola, criando as condições de melhor aprendizado; proporcionar ações e exercícios no campo social, cultural, esportivo e tecnológico dentro da escola e em ambientes coletivos diversificados; favorecer a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade, fazendo com que ocorra a articulação entre o núcleo comum curricular e as demais atividades desenvolvidas na escola; incentivar a participação da comunidade no processo educacional, promovendo a construção da cidadania; adequar as atividades educacionais à realidade local; proporcionar ao estudante experiência educativa que possibilite o desenvolvimento integral, considerando os aspectos cognitivos, motor, social, emocional e cultural; conceber a escola enquanto espaço de socialização, onde o estudante possa experimentar uma vivência coletiva e formular uma concepção de mundo, de sociedade e de cidadania.
A elaboração da pesquisa contou com participação da Secretaria de Defesa, Segurança e Cidadania (Sesdec).