Corpos carbonizados em colisão de 6 veículos na BR-364 são de pai e filhos
O motorista de 35 anos estava no caminhão com a mulher e os filhos do casal, de 6, 9 e 12 anos. A mulher sobreviveu, juntamente com a criança de 6 anos, e ambas estão internadas no Hospital Regional (HR) de Vilhena (RO).
As três pessoas carbonizadas na colisão que envolveu seis veículos na BR-364, na tarde de quarta-feira (19), são de pai e filhos, segundo a família. O motorista de 35 anos estava no caminhão com a mulher e os filhos do casal, de 6, 9 e 12 anos. A mulher sobreviveu, juntamente com a criança de 6 anos, e ambas estão internadas no Hospital Regional (HR) de Vilhena (RO).
O estado de saúde delas é estável. Os corpos já foram liberados para os parentes e serão levados para a cidade de Pato Branco (PR).
Outro motorista, de 66 anos, chegou a ser socorrido com vida, mas morreu ao dar entrada na unidade de saúde e será levado para a cidade de Sapezal (MT).
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) atualizou as informações sobre o acidente na manhã desta quinta-feira (20).
Segundo a corporação, seis veículos se envolveram na colisão: uma carreta com dois semi-reboques; um caminhão frigorífico; um caminhão prancha com dois caminhões em cima; um caminhão com carroceria aberta carregado com um trator; uma carreta carregada com soja e um caminhão vazio.
A reportagem esteve no HR e falou com a mulher que sobreviveu ao acidente. Abalada, ela disse resumidamente que viajava com o marido e com os três filhos.
A vítima não se recorda, com clareza, de como saiu do veículo. Mãe e filha estavam conscientes e não apresentavam ferimentos graves.
Diante da versão da mulher e do contexto do acidente, os familiares concluíram que as pessoas carbonizadas são de pai e filhos, e com isso, levarão os corpos para serem enterrados no Paraná, onde moram outros parentes.
No entanto, de acordo com o Instituto Médico Legal (IML), os corpos estavam em avançado estado de carbonização e a identificação exata somente será possível por exames de DNA. Materiais foram coletados e serão enviados para Porto Velho.
Para os corpos serem enterrados, uma certidão de óbito foi emitida com identificação ignorada. Quando sair o resultado do DNA, os nomes das vítimas serão acrescentados no documento.
“Pela estrutura óssea, trata-se de um cadáver de um adulto, de uma criança e de um adolescente. Não foi possível identificar os sexos por causa do avançado estado de carbonização”, explica o médico legista Kedson Abreu Souza.
Além de mulher e da filha, outro motorista, de 36 anos, deu entrada no Hospital Regional após o acidente. Ele apresentava um corte no pé, foi atendido e liberado.
Acidente
O acidente aconteceu na altura do Km 70, por volta das 16h30, e formou mais de 10 quilômetros de congestionamento de cada lado da pista.
Após a colisão, houve um incêndio e três veículos queimaram: o caminhão vazio, a carreta com soja e o caminhão prancha. Um dos semi-reboques se desprendeu na batida e também ficou destruído pelo fogo.
Conforme a PRF, foi verificado que a carreta carregada de soja e o caminhão com um trator em cima, estavam sentido Porto Velho. O restante estaria rumo a Vilhena. A rodovia foi liberada às 23h40.
O Corpo de Bombeiros informou que o combate às chamas começou às 17h30 e durou até às 23h.
Além dos veículos, o fogo se espalhou pela vegetação próxima. Foram enviados para o local dois caminhões, duas unidades de resgate e nove profissionais, e utilizados 18 mil litros de água. O Grupo de Operações Especiais (GOE) também deu apoio na operação.
Conforme o delegado regional, Fábio Campos, um inquérito será aberto para apurar os responsáveis pelo acidente. “Vamos esperar os laudos da perícia. Se quem deu causa morte também tiver morrido, o caso será encerrado. Caso contrário, os responsáveis devem ser indiciados por homicídio culposo”, salienta.