Hospital Infantil Cosme e Damião, em Porto Velho, realiza mais de 20 mil procedimentos em quatro meses
O demonstrativo estima um crescimento de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Cerca de 70% dos atendimentos realizados pela unidade poderiam ser prestados nas unidades básicas de saúde (UBS).
Foto: Ítalo Ricardo/Secom - Governo de Rondônia O Hospital Infantil Cosme e Damião (HICD) – referência no tratamento de alta complexidade em Rondônia – realizou, nos primeiros quatro meses deste ano, 20.730 procedimentos, entre consultas e internações. Os dados estão no relatório técnico encaminha para a Assessoria Técnica da Sesau (Astec) nesta segunda-feira (24).
O demonstrativo estima um crescimento de 30% em relação ao mesmo período do ano passado. Cerca de 70% dos atendimentos realizados pela unidade poderiam ser prestados nas unidades básicas de saúde (UBS), os chamados postos de saúde, por se tratarem de procedimentos de baixa complexidade, responsabilidade das prefeituras. A sobrecarga no atendimento é apontada em estudo técnico realizado pela Sesau.
O secretário estadual de Saúde, Williames Pimentel, ao analisar dados do setor de estatísticas da Sesau sobre o perfil dos atendimentos realizados no HICD, afirma que a demanda é gerada pela rede municipal de Porto Velho, cidades do interior do estado, do Sul do Amazonas e do Acre.
Ele explica que se trata de uma unidade referência em alta complexidade, esse tipo de atendimento não poderia ser encaminhado para o hospital infantil. “O excesso de casos que são da responsabilidade das prefeituras cria uma sobrecarga no Cosme e Damião. Apesar disso, todos são atendidos já que o Sistema Único de Saúde (SUS) é universal, e o estado não pode recusar os casos”, disse o secretário.
Consultas e atendimentos ambulatoriais, medicação, nebulização, entre outros procedimentos, que são considerados de responsabilidade da atenção básica de saúde, deveriam ser oferecidos pelos municípios, relata o secretário.
De acordo com o relatório técnico, de janeiro a abril deste ano, o número de internações chegou 1.549, uma média de 387, em várias especialidades médicas. O relatório aponta ainda que a unidade realizou 19.181 consultas no período, média diária de 173.
O diagnóstico por imagem aponta 8.402 raios-x realizados, superando uma média de 2.100 ao mês. O exame de tomografia computadorizada somou 467. O ecocardiograma com doopler 138, ultrassonografia (USG) 464.
Nas especialidades médicas destaca a ortopedia infantil, com 171 consultas. Em seguida, aparece neurologia pediátrica com 53, neurologia geral com 22.