Após o anúncio de que, a partir do mês que vem, será adotada a bandeira amarela na tarifa de energia, reduzindo o acréscimo nas contas de R$ 3,00 para R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, o presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (PP), voltou a cobrar que Rondônia não tenha nenhuma cobrança extra na energia.
“Somos gerador de energia elétrica. Consumimos apenas 10% do que geramos, exportando 90%. Não é justo que, por ser preciso ligar as termelétricas para manter a geração, as bandeiras tarifárias vermelha e agora a amarela, sejam aplicadas aos consumidores de Rondônia”, protestou.
Segundo o parlamentar, enquanto não for corrigida essa distorção, a Assembleia vai negar a aprovação de qualquer benefício ou liberação para o setor energético, que dependa de autorização do Parlamento.
“Defendo que a nossa tarifa de energia seja cobrada com a bandeira verde, que não tem acréscimo nenhum. Essa medida faria justiça para Rondônia, que gera energia para o país”, completou.
No anúncio da redução da bandeira tarifária, o próprio ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, acenou com a possibilidade de a bandeira verde ser implantada a partir do mês de abril.
“Para Rondônia, essa medida já teria que ter sido tomada, mas agora é a hora de a União agir com justiça e deixar de penalizar os consumidores rondonienses mudando trocando a bandeira vermelha pela amarela. Rondônia deve ter bandeira verde”, finalizou.
Camara Federal
Em 2015 a Deputada Federal Mariana Carvalho apresentou uma proposta que prevê a diminuição da tarifa de energia. Pela proposta da tucana, os Estados que produzem energia hidroelétrica, com capacidade de produção superior a 5.000 MW, abrangerão a bandeira verde, conforme regulamento da Agência de Energia Elétrica (Annel), independente da utilização ou não de sua produção.