Li na edição do dia 12 de janeiro deste ano, do jornal "A Gazeta de Rondônia" editado em Cacoal, interessante matéria intitulada "Eleitor quer candidato técnico para a capital". Segundo a matéria, realizada com base levantamentos junto a eleitores, o perfil idealizado pelo eleitor seria de uma pessoa mais técnica, gestor experiente, ficha limpa, conhecedor dos problemas da cidade e com projetos para resgatar a Capital. Perfil este que, convenhamos, a grande maioria há de concordar.
Um colunista experiente escreveu recente artigo fazendo loas a uma jovem deputada federal e a um deputado estadual que estaria de malas prontas saindo de um partido indo para outro com o fito de ser candidato a prefeito, considerando ambos "excelentes opções para comandar os destinos de Porto Velho". Pode até ser, mas passam longe do perfil de técnico, gestor experiente e com projetos para resgatar a Capital, pelo menos nunca se ouviu falar de nenhum projeto abrangente deles, nem quando foram vereadores.
Por outro lado, as "más línguas" diria que está muito mais fácil dizer quem é o perfil que o eleitor não quer de jeito nenhum, que seria justamente do atual prefeito, cuja gestão não mostrou destaque em nenhuma área e é marcada por uma lentidão que faz a tartaruga parecer um animal veloz. Segundo se fala, a popularidade dele estaria em menos de um digito na aprovação do eleitorado da Capital.
Segundo ainda a referida matéria, os temas clássicos como: saúde, educação, transporte público, regularização fundiária e melhoria de infraestrutura nos bairros estariam entre as maiores preocupações do eleitor na hora de escolher o seu candidato a prefeito.
Consta também que os eleitores "não querem mais repetir 'fórmulas vencidas', ultrapassadas que já não trazem nenhuma esperança de melhoria". E vai mais longe ainda, usando uma metáfora diz que esta situação se trata de "um paciente em estado gravíssimo, que precisa de novo remédio para poder recuperar sua confiança e voltar a ter esperança na mudança. Já os atuais políticos - com raras exceções - são como remédios vencidos, que mesmo o doente tomando não fazem efeito algum. Em muitos casos, pioram o paciente".
Além da qualidades elencadas acima, este incipiente projeto de colunista entende ser necessário um perfil capaz de agregar e unificar amplos segmentos da sociedade de Porto Velho para promover um verdadeiro resgate da cidade. Por isso, um amplo arco de alianças, políticas e sociais, no primeiro e no segundo turno será necessário para que se tenha força política e capacidade técnica para executar os projetos apresentados durante a campanha eleitoral.
Considero que não será fácil reunir o maior número destas características em um único nome ou coligação, mas esta deve ser a busca do eleitor para que possamos ter esperança de dias melhores para a nossa amada e sofrida Porto Velho. Se fosse para citar dois nomes, como fez o outro colunista, eu diria que Sid Orleans e Pimentel são excelentes opções para comandar os destinos de Porto Velho; pois estão muito mais próximos do perfil desejado pelo eleitor da Capital.
* Itamar Ferreira é bancário, sindicalista, presidente da CUT, formado em administração de empresas e pós graduado em metodologia do ensino pela UNIR e acadêmico de direito da FARO.