Funcionários protestam após serem proibidos de trabalhar no feriado em Cacoal, RO
Os funcionários estavam com cartazes, carro de som e gritando palavras de ordem. As empresas que não cumprissem a determinação estavam sujeitas a pagar multas de R$ 100 mil.
Funcionários de uma loja de departamentos, inaugurada em Cacoal (RO), no mês de julho deste ano, fizeram um protesto nesta quinta-feira (7) por terem sido impedidos de trabalharem no feriado da Independência do Brasil. De acordo com a gerente da filial Maria Reis, o dia não trabalhado gera prejuízos aos colaboradores.
Já o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Bens e Serviços do Estado de Rondônia (Sitracom), Francisco Lima, disse que a determinação está baseada na Convenção Coletiva de Trabalho.
A empresa emprega 100 colaboradores em Cacoal de forma direta. A concentração inicial de parte destes funcionários foi na praça municipal, mesmo local onde foi realizado o ato cívico.
De acordo com a gerente da loja, os funcionários não seriam explorados trabalhando no feriado, pelo contrário, pois receberiam benefícios.
“Trabalhando no feriado os funcionários recebem 100% de hora extra, ganham duas folgas na semana, vale-alimentação, comissão sobre vendas de produtos, além de uma premiação. Então por cima, podemos dizer que cada colaborador perdeu cerca de R$ 300 no vencimento”, contou Maria.
Na página oficial da Havan, o dono da empresa, Luciano Hang, diz que das 100 lojas distribuídas pelo Brasil, apenas Cacoal não está aberta no feriado de 7 de setembro e pede desculpa para a população que não pode ‘aproveitar’ a loja.
“Quero pedir desculpas ao povo de Cacoal e de toda a região, por hoje, dia 7 de setembro, a Havan estar fechada, não por culpa nossa”, disse Luciano em parte do vídeo.
Segundo o presidente da Sitracom em Cacoal, Francisco, as lojas não abriram no dia 7 de setembro devido a uma Convenção Coletiva de Trabalho, onde diz que durante cinco feriados do ano não poderão escalar os funcionários para o expediente.
Entre esses feriados está o da Independência. A determinação também se aplica para lojas de departamentos e shoppings.
“Diante de todos os feriados nacionais, municipais e federais, ficou decidido que cinco feriados não pode utilizar a mão de obra do trabalhador. O Sitracon representa os interesses dos trabalhadores e não empresarial, então nós não podemos por causa de nenhuma empresa, liberar a utilização da mão de obra nesses dias”, explicou o presidente.
Os funcionários estavam com cartazes, carro de som e gritando palavras de ordem. Além da praça municipal, os participantes seguiram pelas ruas da cidade, onde também se concentraram em frente ao Sitracon. As empresas que não cumprissem a determinação estavam sujeitas a pagar multas de R$ 100 mil.