Após polêmica, Semusa mantém atendimento no CEM e leva especialistas aos bairros
A reestruturação do Centro de Especialidades Médicas será apresentada e discutida em reunião na segunda-feira (9) com representantes do Sindicato dos Médicos, do Ministério Público, da Secretaria Estadual de Saúde e do Conselho Municipal de Saúde.
A Secretaria de Saúde de Porto Velho (Semusa) adequou a melhor situação para acomodação e remanejamento de médicos especialistas para unidades básicas de saúde, sem prejudicar o funcionamento do CEM (Centro de Especialidades Médicas). Segundo o secretário da pasta, Orlando Ramires, “Isso garantirá à população atendimento mais acessível, invertendo os papéis: que o especialista vá ao encontro do paciente, e não o contrário”.
A reestruturação será apresentada e discutida em reunião na segunda-feira (9) com representantes do Sindicato dos Médicos, do Ministério Público, da Secretaria Estadual de Saúde e do Conselho Municipal de Saúde.
Os médicos serão distribuídos para prestar atendimento nas unidades de saúde da rede municipal, disponíveis nas regiões centro, norte, sul e leste de Porto Velho, com a população ganhando em tempo e distância, enquanto os profissionais atuarão com a mesma configuração de horário e quantitativos de pacientes que atenderiam no CEM.
“A gestão do prefeito dr Hildon Chaves não tem interesse que o paciente vá ao especialista, mas que o especialista, cujo salário é pago pela população, vá até o paciente. Não há nada mais justo: é o retorno da arrecadação dos impostos sendo convertida em mais saúde”, diz o secretário Ramires.
De acordo com a Semusa, a proposta garantirá o dobro de produtividade com a metade de profissionais. O CEM dispõe, atualmente, de 16 especialidades médicas, enquanto que sua estrutura física é composta por 13 consultórios. Com a mudança, funcionará em dois turnos de 6 horas, com 26 dos atuais 51 médicos”.
O secretário Ramires garante que as especialidades do CEM serão mantidas, havendo readequações do quantitativo de profissionais da mesma especialidade para enquadramento do funcionário ao expediente de 6 horas. “Para os profissionais com 40 horas de contrato, serão cinco dias na semana e aos sábados, ou cinco dias por uma tarde ou manhã, enquanto os de 20 horas de contrato, três vezes na semana”.
Estima-se que ocorram de 15 a 24 atendimentos especializados por dia. A média de atendimentos de todos os 51 especialistas é de 3.800 pessoas ao mês, com média de 2,4 pacientes por dia, por profissional.
Lembra o secretário Ramires que, logo que o Centro foi inaugurado, a proposta era de 15 atendimentos especializados por período, e o que hoje deveria gerar uma média de 22.950 consultas mês, visto que a folha de pagamento para 51 médicos especialistas é de aproximadamente R$ 700 ao mil ao mês.
Vinte e cinco especialista não contemplados pela readequação serão relocados nas unidades básicas distribuídas nos bairros segundo prevê o Núcleo de Apoio à Saúde da Família.