Baseado em Goiás, Leandro Cesar Francisco é comprador e exportador de peixe há vinte anos. Ele participou da 4ª Rodada de Negócios do Tambaqui realizada no sábado (28), em Ji-Paraná, e afirmou que a qualidade do peixe rondoniense está entre as melhores do país. “O tambaqui é a vedete e Rondônia é um produtor em potencial para abrirmos mercado estrangeiro”, afirmou, antes do início das negociações, referindo-se ao continente asiático como o principal consumidor desta proteína.
A 4ª Rodada de negócios do tambaqui é uma promoção do governo estadual com o objetivo de ampliar a produtividade e comercialização dos peixes tambaqui e pirarucu. Rondônia já é considerado o maior produtor de peixe em água doce do Brasil. A produção de tambaqui em 2016 foi de 90 mil toneladas.
As lavouras de milho, arroz e feijão de José Galdino Arruda, em Mirante da Serra, deram lugar à criação de tambaqui.
“Acatei o incentivo do governo estadual e mudei radicalmente a produção no sítio. Estou satisfeito com o novo ramo”, disse o piscicultor, ao participar da rodada de negócios para aprender mais e melhorar a qualidade do peixe. “Hoje minha produção é de 12 toneladas por ano, quero chegar a 50 toneladas”, disse Arruda.
Jorge Vieira Barbosa, de Alfenas (MG), atua no ramo de melhoramento genético animal. Ele é outro participante da rodada de negócios do tambaqui em Ji-Paraná.
“O maior gargalo de Rondônia é a cadeia produtiva do peixe, apesar do crescimento vertiginoso nos últimos anos. Nosso objetivo aqui é conhecer mais de perto essa cadeia e oferecer soluções de maior produtividade aos piscicultores”, disse Jorge Barbosa, que já atua com melhoramento genético nos estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Paraná.