As agências da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) vêm sofrendo com uma onda de assaltos. Os criminosos interessados em saquear as encomendas de aparelhos eletrônicos e as grandes quantias de dinheiro que são movimentadas diariamente ameaçam e agridem os servidores públicos. Para amenizar o elevado número de assaltos nas agências dos Correios no Estado, os servidores, em companhia do presidente do Sintect-RO, Antônio Edson Antunes, estiveram na tarde de quarta, 13, na Câmara Municipal com o propósito de apresentar um projeto para aumentar a segurança nas principais agências do município.
Segundo Antunes, é necessário que o projeto de lei que dispõe sobre a ampliação na segurança das agências dos Correios, elaborado pelo vereador Márcio do Sitetuperon, seja urgentemente aprovado.
O projeto contempla a implantação de portas girtatórias com detector de metais que, segundo o presidente, reduzirá em 90% os assaltos nas agências. “Esperamos que os vereadores se sensibilizem com a questão da segurança dos profissionais dos Correios e da própria população. O nosso objetivo maior é conseguir uma lei estadual, mas de imediato o nosso foco é para a aprovação da lei municipal, porque não existe segurança nas agências dos Correios”, explica o presidente Sintect-RO.
Antunes avalia a eficiência das portas com detector de metal que foram implantadas na avenida Jatuarana, zona Sul da cidade, analisando que as portas e os guardas inibem as ações dos assaltantes, tanto que desde que foram instaladas nenhum assalto foi registrado no local.
Desde 2014 foram registrados 87 assaltos contra as agências dos Correios em todo o estado de Rondônia. Somente este ano foram registrados 14 assaltos. Para os servidores só restam as sequelas dos ataques, como explica Raimundo Nonato, que trabalhou para os Correios durante 14 anos. Afastado de suas funções desde o último assalto por problemas psicológicos, há um ano ele pede por mais segurança nas agências dos Correios.
“Eu não sou o único que estou afastado, existem mais colegas que não mais conseguiram desenvolver a função, justamente pelos traumas psicológicos causados por um assalto. Hoje vivo à base de medicamentos. Não temos condições de trabalhar sem segurança, já trabalhei em agências aqui em Porto Velho, Vista Alegre e Itapuã do Oeste e em todas elas existiram assaltos porque não têm segurança”, disse o servidor.