Rebelião deixa 9 detentos mortos e 14 feridos em presídio de Aparecida de Goiânia
Em nota divulgada nesta noite, a Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap) informou que nove presos morreram, 14 ficaram feridos e 34 conseguiram fugir da unidade.
O ano começa com mais uma rebelião que resultou em mortos e feridos. Há um ano, na tarde do dia 1° de janeiro de 2017, o pior massacre do sistema carcerário do Amazonas chocou o país. Desencadeada pela guerra entre facções rivais e em protesto contra a superlotação, uma rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) resultou na morte de 56 detentos, além da fuga de 130.
Neste inicio de 2018 detentos do regime semiaberto fizeram uma rebelião na tarde desta segunda-feira (1º) na Colônia Agroindustrial, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. Em nota divulgada nesta noite, a Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap) informou que nove presos morreram, 14 ficaram feridos e 34 conseguiram fugir da unidade.
A quantidade de óbitos já havia sido passada pelo coronel Divino Alves, comandante da Polícia Militar de Goiás. Ainda conforme a Seap, uma rixa entre grupos rivais provocou o motim e os homicídios.
O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu) informaram que levaram os feridos ao Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia (Huapa). Ainda não há informações sobre o estado de saúde deles.
Alves afirmou que cerca de 20 reeducandos já foram recapturados. Ele explicou que a rebelião começou por volta das 14h e foi controlada cerca de duas horas depois.
"A Polícia Militar e o Sistema Prisional estão envolvidos nessa situação visando a normalidade do sistema", disse o comandante.
Rixa entre alas
A Seap informou que a rebelião foi provocada depois que presos da ala C invadiram a ala B, onde ficam detentos rivais. Neste momento, a unidade prisional foi incendiada.
Os bombeiros foram acionados para atuar no combate ao fogo, que formou uma grande nuvem de fumaça.
Agentes do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope) atuam no local com apoio do Batalhão de Choque e do Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer), ambos da vinculados à Polícia Militar. Por volta das 16h, a situação foi controlada.