A educação em Rondônia este ano se modernizou ainda mais, sonhou alto e colheu importantes resultados. Foi atrás daqueles que há muito tempo estavam longe da sala de aula, investiu na inclusão, trouxe ainda mais para dentro da escola a população tradicional; apostou no resgate dos valores e da disciplina através das escolas militares; rompeu com a forma convencional de ensino para oferecer aos estudantes uma aprendizagem atrativa onde a cultura e o esporte ganharam mais espaço.
Mobilizou os educadores para trabalhar de forma alinhada as políticas públicas da educação. ”Investimos em capacitação continuada aos educadores para que eles estejam o tempo todo se aperfeiçoando e realmente promovendo um ensino de qualidade através da oferta de mais de cinco mil cursos na modalidade a distância’’, afirma o secretário de Estado da Educação, Waldo Alves.
A educação se consolidou como estratégica para o avanço de Rondônia. ‘‘Nós temos um governador visionário que motiva muito a educação. E é por isso que nós vemos grandes investimentos nas escolas como a aprovação de leis de extrema importância como a do Proafi [Programa de Apoio Financeiro às Escolas] que manda o recurso direto para escola e é administrado pelo Conselho Escolar e pela administração da escola. Uma descentralização que traz um avanço gigante”, afirma o secretário.
Com o Proafi adicional foram construídos 11 refeitórios, oito auditórios e 12 salas de aula. O Estado investiu também na melhoria da infraestrutura das escolas com a reforma geral de escolas Flora Calheiros Cotrin e Brasília que fazem parte do Projeto Guaporé de Ensino Integral. Ainda passaram por reforma e ampliações as escolas Mundo Mágico, Mário Castagna; o alojamento da escola de Nazaré; Tiradentes II e Heitor Vila Lobos.
E com recurso de emendas parlamentares também foi possível construir as quadras para prática de esporte nas escolas Mariana, Brasília; Iria dos Reis; Barão dos Solimões e Machadinho do Oeste. Também foram construídos mais quatro refeitórios e 11 auditórios. A Seduc construiu as quadras das escolas Raimundo Mesquita e Floriano Peixoto e o auditório da escola José Francisco dos Santos.
‘‘Estamos em um processo de transformação e em busca do nosso modelo rondoniense de educação. Em 2017 tivemos avanços significativos no processo organizacional na própria secretaria e na maneira de se fazer educação como também a mobilização tecnológica’’, afirma o secretário. Ele assumiu a educação do Estado em janeiro deste com uma missão desafiadora: agilizar os processos da secretaria que travavam o andamento da educação.
Para se ter uma ideia um mesmo setor estava dividido em três andares. O secretário aponta ainda que havia uma grande morosidade processual, dificuldade de encontrar documentos, mas a secretaria passou por reordenamento e hoje os processos estão muito mais ágeis.
‘Estamos no sistema SEI, trabalhando 85% sem papel, estamos em processo de digitalização de toda a documentação da secretaria. Isso deu mais celeridade, as coisas chegam mais rápido no interior, investimentos chegam mais rápido. Antes, muitas vezes chegava ao final do ano sem que a educação conseguisse aplicar os 25% de recurso devido a morosidade processual. Coisa que não acontece mais’’, avalia o secretário.
Em 2017 também houve avanços em programas pedagógicos. 2.879 de nove escolas foram inseridos no projeto Guaporé de Educação Integral que além do currículo básico, envolve eixos temáticos, como acompanhamento pedagógico e do rendimento escolar, educação ambiental, esporte e lazer, arte e cultura. Outras 28 escolas passaram a fazer parte do Programa Ensino médio Inovador, atingindo 9.625 estudantes. Além de dez escolas de ensino integral do Programa Escola do Novo Tempo com 4.160 alunos beneficiados. E mais uma em fase de implantação no município de Vilhena.
O governo deu início esse ano ao Asas do Saber na escola estadual Lydia Johnson de Macedo, em Porto Velho, que que tem público-alvo estudantes que haviam abandonado a escola. ‘‘Eu fui acordado às 4h da manhã com o governo sensibilizado dizendo que queria resgatar os alunos que estavam fora da sala de aula. O governador falou que a gente precisava atrair esses meninos em uma escola que o aluno tivesse vontade de estudar’’, relata.
A partir daí teve início uma pesquisa nos bairros mais vulneráveis de Porto Velho para entender mais sobre esses alunos que haviam abandonado a sala de aula. Foi constatado que havia sim aqueles que desistiram para ingressar no mercado de trabalho, mas outros abandonaram a escolha por acharam o ensino chato. ‘‘A escola Lydia Johnson do Asas do Saber é uma escola diferenciada, as salas de aulas são ilhas de estudo, tem disciplinas não convencionais como teatro e arte circense e os alunos ganham um ajuda de custo de R$ 200’’, afirma. A ideia é que esse projeto piloto seja replicado no Estado.
A rede estadual de ensino chegou ao fim de 2017 com seis escolas militares. ‘‘É importante esclarecer que diferente de outras escolas do país que têm doutrina exclusivamente militar, em Rondônia temos um modelo hibrido porque é uma gestão compartilhada, o vice-diretor, os professores e a metodologia de ensino continuam sendo da Seduc e os policiais trabalham respeito e disciplina, um modelo que deu muito certo’’, afirma o secretário.
O secretário explica que esse modelo é uma das opções para a educação de Rondônia e que é direcionado para as escolas inseridas em um contexto de vulnerabilidade. ‘‘O que nós estamos dando são opções para a comunidade e não militarizando todas as escolas. Tem aluno para escola integral, assim como tem aluno para escola militar’’, assegura Valdo.
A Seduc investiu ainda mais em inclusão de alunos com alguma necessidade especial. ‘‘Estamos capacitando professores em Libras, temos cuidadores em sala de aula, os investimentos estão sendo feitos em compra de materiais e equipamentos’’, conta o secretário. E também abriu as portas das escolas para a população tradicional: ribeirinhos, quilombolas e indígenas. ‘‘O governador tem quebrado muros para que a educação possa fluir para todos’’, considera.
O reflexo de toda essa mobilização para dar um salto na aprendizagem em Rondônia é o desempenho dos estudantes em competições de conhecimento estaduais, nacionais e até de fora do Brasil. Os estudantes rondonienses participaram em 2017 da 15ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, II Encuentro Latino Americano Semilleros Jovenes Investigadores; 32ª Mostra Brasileira e Internacional de Ciência e Tecnologia e Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências do Mato Grosso do Sul e da 23ª Ciência Jovem.
‘‘Estamos investindo para que o aluno tenha um ambiente escolar adequado, nós estamos investindo nos nossos alunos e fazendo com que eles sonhem. Rondônia hoje é o Brasil que dar certo’’, avalia o secretário. Se muito foi feito, ainda há mais investimentos em andamento como a revitalização de mais escolas.
‘‘2017 foi o tempo de plantar, de organizar a casa, de alinhar a equipe. As infraestruturas foram construídas, nós preparamos o barco e em 2018 vamos avançar de forma inimaginável na educação. O governo Confúcio Moura deixou a casa pronta. O que nós fizemos será visto em médio e longo prazo. Eu tenho a plena certeza que nos próximos anos Rondônia estará em mídia nacional pelos destaques positivos”, considera o secretário.