Policlínica Oswaldo Cruz atende a duas mil pessoas por dia; metade dos pacientes é do interior de Rondônia
Uma área, antes silenciosa, começa a mobilizar a equipe multidisciplinar: o ambulatório de psiquiatria recebe 512 pessoas/mês. A cada semana a POC elabora um ou dois diagnósticos novos de demência e depressão.
A mais recente estatística da Policlínica Oswaldo Cruz revela que a equipe de 310 profissionais médicos, de enfermagem, ambulatórios e outros setores atende 1,5 mil pessoas por dia. Esse número sobe para 2 mil, se computada a procura por perícias médicas, exames no Lepac e consultas de regulação.
“Nos quatro andares do prédio, muitos passam longe dos nossos olhos [da administração]”, explicou o diretor José Maria França. No geral, o maior número de pacientes busca consultas, tratamento e cirurgias nas áreas de cardiologia, endocrinologia, ortopedia, oftalmologia, e pneumologia.
Outra área antes silenciosa, começa a mobilizar a equipe multidisciplinar: o ambulatório de psiquiatria recebe 512 pessoas/mês. A cada semana a POC elabora um ou dois diagnósticos novos de demência e depressão. Dos 519 mil moradores em Porto Velho, 30 mil (5.78%) são idosos. Doenças crônicas controladas pelas equipes multidisciplinar e interdisciplinar aparecem em pessoas na faixa de 75 a 79 anos.
Metade do atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) se destina a pacientes da capital e outra metade aos do interior do estado. O acesso ao prontuário clínico é simultâneo em qualquer especialidade.
Na análise de 2017 feita nesta quarta-feira (9) França lembrou: “Antes de chegar ao prédio novo, a POC não passava de 400 atendimentos por mês”.
Antigamente, não funcionavam o prontuário eletrônico, nem o sistema de encaminhamento do paciente ao consultório. “Mesmo com alguns dissabores e enfrentamentos, acabou a era do papel e da pasta com consultas direcionadas”, garantiu.
França constatou que a distribuição de pacientes de especialidades das unidades de pronto atendimento municipal para os postos de saúde em Porto Velho faz aumentar a demanda na POC.
“Atualmente, em plantões aos sábados e domingos recebemos pacientes de oftalmologia e otorrinolaringologia do Hospital João Paulo II”, assinalou.
Segundo França, a POC também vem se dedicando a pacientes em risco cirúrgico de pré-operatório. Ele atribui à regulação de pacientes uma das grandes melhorias alcançadas entre 2016 e 2017. A fila é única por idade e obedece à classificação de risco e histórico prescrito. “Os mais graves passam à frente”, destacou.
O que pode causar barreira ao avanço do atendimento e da instalação de equipamentos modernos? O diretor responde sem esboçar dúvida: “O secretário [Willames Pimentel] não aceita queda no sistema, e quando isso ocorre, damos um jeito rapidamente, porque ninguém pode deixar de ser bem atendido; o que nos preocupa é se haverá continuidade do nível de serviços hoje considerados excelentes”.
Em seguida, alinha os programas estaduais em funcionamento na POC: hanseníase, mamografia, pré-natal de alto risco, AIDS, obesidade, saúde do idoso, saúde do trabalhador, e de ostomizados. “A cada mês fornecemos bolsas de colostomia a 60 pacientes”.
Colostomia é o procedimento cirúrgico que consiste em fazer-se uma abertura na parede abdominal (estoma), temporária ou permanente, e ligar nela uma terminação do intestino, pela qual as fezes e gases passam a ser eliminados.
Dentro da programação de investimentos para o primeiro semestre de 2018, o governador Confúcio Moura inaugurará no anexo da POC o Centro de Especialidades Odontológicas, composto por três consultórios e sala de esterilização. Os equipamentos são de última geração.