Nesta quinta-feira o Rio Madeira estava com 13,67 metros, cerca de 70 centímetros a menos em relação ao mesmo período de 2014. Conforme a Defesa Civil o constante aumento já colocou em alerta todo o sistema de monitoramento e acompanhamento do órgão.
Atendendo solicitação feita pela Devesa Civil Municipal, órgão da prefeitura de Porto Velho, uma equipe do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) composta por engenheiro, técnicos e operários foi designada para conter a erosão que se iniciou em um trecho da BR-364, na localidade conhecida como “Velha Mutum”, sentido Guajará-Mirim, distante 165 quilômetros da capital de Rondônia.
Diretor da Defesa Civil Municipal, Marcelo dos Santos disse que foi avisado por moradores da comunidade e pessoas que transitavam pela rodovia sobre a situação de perigo por causa da erosão. Imediatamente uma equipe do órgão municipal realizou vistoria no local e solicitou ação do DNIT em caráter de urgência, sendo prontamente atendida.
Por conta das fortes chuvas na região, parte da margem da rodovia começou a ceder. “Constatamos sérios danos em uma extensão de 150 metros do lado esquerdo da pista, sentido Guajará-Mirim. Além das constantes chuvas, o trânsito de veículos pesados ajudou a desestabilizar a lateral da pista, fazendo com que o solo cedesse”, afirmou Santos.
A equipe do DNIT está no local fazendo a contenção com pedras. Com isso, impede que a força da água danifique o solo e provoque novas erosões. “Queremos agradecer ao DNIT, que prontamente atendeu a nossa solicitação. Tal medida evita novos problemas e garante a segurança daqueles que trafegam pela região”, destacou Marcelo dos Santos.
Cheia
O diretor da Defesa Civil Municipal também disse que o órgão segue fazendo o monitoramento contínuo no alto, médio e baixo Madeira, verificando o nível do rio e a situação das famílias que poderão ser impactadas no caso de uma nova grande enchente. Nesta quinta-feira o Rio Madeira estava com 13,67 metros, cerca de 70 centímetros a menos em relação ao mesmo período de 2014.
Conforme a Defesa Civil o constante aumento já colocou em alerta todo o sistema de monitoramento e acompanhamento do órgão, por conta das fortes chuvas que continuam caindo nos rios Beni e Madre de Dios, que deságuam no Madeira. Na capital, seis bairros estão em áreas consideradas de risco e famílias podem ser desabrigadas como rio chegando a 14 metros, a cota de alerta.
Emergências
Agentes da Defesa Civil orientam que em caso de inundação, ou as casas sejam atingidas muito rápidas, que acionem o órgão pelo disque 199 ou 3901-3020. No entanto, Marcelo pede que os moradores ribeirinhos que já estão com a água próxima de casa, que acionem o órgão, caso precisem de ajude na questão de logística.
Acre isolado
A cheia do Rio Madeira pode ainda isolar o estado do Acre, pois a única via terrestre de ligação é a BR-364. Nesta quinta-feira, equipes do Dnit e do Consórcio Jirau seguiram para o quilômetro 871.
Imagens aéreas, realizadas por drone na quarta-feira (10) e disponibilizadas ao RONDONIAGORA pelo internauta Rafael Dias, mostram a dimensão da cheia de trecho rondoniense da BR-364, na antiga localidade Mutum Paraná, a cerca de 200 quilômetros no sentido Acre.