Prefeitura de Porto Velho apresenta Plano de Contingencia para enchentes
O plano define as ações a serem desenvolvidas em uma região para atender as emergências e as responsabilidades incumbidas a cada dos órgãos que participam dessa estratégia nos âmbitos municipal, estadual e federal. Só do município são 21 instituições envolvidas.
O Plano de Contingência que será usado pelo município em caso de ocorrência de enchente do rio Madeira foi apresentado pela Prefeitura de Porto Velho em uma reunião técnica ocorrida na sede do Corpo de Bombeiros. Na ocasião, Marcelos Santos, da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC), detalhou aos presentes as ações a serem desenvolvidas em casos de emergências.
Previamente elaborado, o plano serve para orientar as ações de preparação e resposta a um determinado cenário de risco, caso o evento venha a se concretizar. O plano define as ações a serem desenvolvidas em uma região para atender as emergências e as responsabilidades incumbidas a cada dos órgãos que participam dessa estratégia nos âmbitos municipal, estadual e federal. Só do município são 21 instituições envolvidas.
No plano também estão contidas informações sobre as características da área e sistemas envolvidos. Seu intuito principal é treinar, organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformizar as ações necessárias às respostas de controle e situações anormais. Destina-se também a estabelecer subsídios e definir responsabilidades no enfrentamento de eventos adversos como inundações graduais, inundações bruscas e enchentes”, explicou Marcelo Santos.
O coordenador da Defesa Civil explicou que a maioria das regiões sujeitas a riscos geológicos em Porto Velho, diz respeito as áreas inundáveis que são comuns ao rio Madeira e de natural escape de aporte de água em períodos de enchentes.
“Devido a ocupação desordenada, estas áreas estão hoje, em quase sua totalidade ocupadas. A legislação ambiental exige um limite de trinta metros de preservação de margem de rio”, explicou.
Nos dois últimos anos, a ocorrência de alagações tem se dado, no perímetro urbano, em áreas localizadas às margens do rio Madeira como os bairros Triângulo, Cai N’água, São Sebastião, I e II, Panair, Nacional, Mocambo, Balsa, Areal, Centro, Belmonte, Tucumanzal, Tupi, Roque, Baixa da União, Santa Bárbara, Vila Candelária e Arigolândia, assim como no entorno da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.
Na área rural, o risco iminente de inundações estão localizadas nos distritos localizados ao longo da BR 364 (Jacy-Paraná, Abunã e Fortaleza do Abunã) e nos distritos e localidades do Médio e Baixo Madeira (Cujubim, São Carlos, Nazaré, Calama e Demarcação), além de diversos vilarejos ribeirinhos que foram afetados pela enchente histórico do rio Madeira registrada há quatro anos.
RISCO AFASTADO
Na reunião, também foi descartada uma nova enchente nas proporções da ocorrida em 2014. Esse descarte é com base nos dados fornecidos pelo Sipam, tanto que a cota do rio que a Defesa Civil municipal trabalha é a 60, que prevê 17,50 metros como nível máximo que pode atingir o rio Madeira, nesse primeiro semestre, bem abaixo dos 19,74 metros registrados na enchente histórica de 2014.
Participaram do encontro, além dos técnicos da Defesa Civil municipal, os secretários Claudinaldo Leão, da Secretaria Municipal de Assistência Social e Família (Semasf), Chrisóstomo Moura, da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Urbanismo e Serviços Básicos (Semisb), representantes do Corpo de Bombeiros, do Exército, do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e Bombeiro Civil.