Mais de dez famílias são retiradas de áreas de risco em Porto Velho
Até a tarde de quarta-feira (21), cerca de 50 famílias se encontravam em situação de vulnerabilidade na região urbana de Porto Velho devido a enchente, com o risco de serem retiradas a qualquer momento, caso o nível das águas aumente de forma muito rápida.
A enchente do Rio Madeira este ano já deixou 13 famílias desalojadas em Porto Velho, sendo 12 no bairro São Sebastião II, na zona Norte da cidade e uma na comunidade Maravilha, área rural localizada na margem esquerda do rio. Todas elas tiveram o apoio da prefeitura, por meio da Defesa Civil Municipal para fazer a mudança.
“Estamos executando a segunda etapa do nosso Plano de Contingência, que é a fase de respostas às solicitações da comunidade”, afirma o diretor da Defesa Civil Municipal, Marcelo dos Santos. O trabalho consiste em disponibilizar caminhões e pessoas para fazer as mudanças. “Essas famílias afetadas pela cheia são levadas para local seguro antes que tenham suas casas inundadas”, acrescentou.
Ao mesmo tempo em que presta atendimento, a Defesa Civil continua monitorando as áreas de risco nos bairros Triangulo, Baixa da União, Candelária, Nacional e Balsa, entre outras regiões de risco, pois conforme as águas vão subindo, há a necessidade de socorrer outras famílias. Muitas resistem, utilizam palafitas para se locomover e ter acesso às residências. Só na última hora pedem ajuda pelo telefone 199 disponibilizado pelo Município, acreditando não ser necessário abandonar as casas.
Santos informou que até a tarde de quarta-feira (21), cerca de 50 famílias se encontravam em situação de vulnerabilidade na região urbana de Porto Velho devido a enchente, com o risco de serem retiradas a qualquer momento, caso o nível das águas aumente de forma muito rápida. “Em, todas essas áreas temos cerca de 500 famílias que podem ser impactadas pela cheia, sendo que a maioria foi contemplada por programa habitacional e aguarda receber as moradias”, disse Santos.
Por outro lado, “muitas famílias que já ganharam casas retornaram para as regiões perigosas, situação que tem aumentado os problemas sociais a serem administrados pela prefeitura”, lamenta Marcelo dos Santos. Outros emprestaram a casa para algum parente ou simplesmente alugaram o imóvel, mesmo tendo assinado autorização para demolir.
As famílias retiradas recebem água mineral e alimento, dependendo da situação. Por enquanto elas se encontram na condição de desalojadas. Caso alguma fique desabrigada (que é quando não tem para onde ir), receberá o apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf).
A Defesa Civil disponibiliza o número 199 para pedidos de ajuda a qualquer hora. Na tarde de quarta-feira o nível do rio Madeira estava em 16,06 metros.