Apagão não significa fragilidade no sistema, diz ONS
O apagão no Norte e Nordeste do país deixou 70 milhões de pessoas sem energia elétrica e se deu após uma falha na Subestação Xingu, no Pará, que distribui parte da energia produzida na Usina de Belo Monte.
O diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, disse hoje (22) que o apagão no Norte e Nordeste do país não significa fragilidade no sistema elétrico brasileiro.O incidente deixou 70 milhões de pessoas sem energia elétrica e se deu após uma falha na Subestação Xingu, no Pará, que distribui parte da energia produzida na Usina de Belo Monte.
Na tarde desta quarta-feira, ao menos 13 estados do Norte e do Nordeste do país enfrentam um apagão: Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins.
Em Rondônia, a queda de eletricidade atingiu parte de Porto Velho, Ariquemes, JI-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura, Colorado do Oeste, Cerejeiras, Corumbiara, Pimenteiras, Cabixi, e Chupinguaia.
"Apesar do distúrbio de ontem, temos absoluta convicção das condições de suprimento de energia no país", disse. "Quero deixar clara a nossa convicção de que o distúrbio de ontem não pode e não deve significar qualquer tipo de fragilidade no sistema".
Na visão do ONS, o sistema é "robusto" e dispõe de energia suficiente. Barata explicou que houve uma expansão na geração e transmissão de energia, enquanto o consumo ficou estável com a crise econômica dos últimos anos.
As causas do apagão devem ser conhecidas em até 15 dias, segundo Barata, que se reunirá com todas as empresas afetadas pelo apagão na próxima segunda-feira para a preparação do relatório de análise de perturbação.
"A nossa expectativa é que em 10, no máximo 15 dias, possamos divulgar exatamente o que aconteceu. As causas e as consequências e quais são as medidas que vamos tomar", afirmou.
O diretor participou do seminário Agenda Setorial 2018, no Rio de Janeiro, com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Augusto Barroso.