Com a proximidade da data mais doce do ano, a Páscoa, o alerta para os pais é o consumo excessivo de chocolates por crianças e adolescentes durante o período da comemoração pascoal. Vários motivos devem ser observados para que haja o controle do consumo, e Daniela Augusta Cabral Baleroni, nutricionista do Hospital Infantil Cosme e Damião, em Porto Velho, fala sobre os prejuízos em casos de exagero.
“O alto consumo de doces nesse período geralmente ultrapassa o que é recomendando pela Sociedade Brasileira de Pediatria, que é no máximo 25 gramas por dia para crianças. Mas com o alto índice de doenças como diabetes, obesidade, hipertensão e doenças cardiovasculares, os estudos apontaram a necessidade de reduzir a quantidade de ingestão”, explica a profissional.
A nutricionista diz ainda que, além dos problemas já citados, há riscos de cáries e diarreias, ou infecções gastrointestinais. “No hospital acontece muito de chegar crianças com reação alérgica ligada à proteína do leite, mas há crianças que ao comer o chocolate que também podem descobrir a alergia ao cacau. Não é proibido comer, mas a quantidade e essas questões sobre reações alérgicas devem ser seguidas”, completa Daniela Baleroni.
Na pirâmide alimentar, os doces estão na ponta superior, indicando que devem ser consumidos de forma comedida. O chocolate também tem seus benefícios por se tratar de um alimento energético, com proteínas – inclusive do leite, mas o valor calórico é alto e o excesso pode gerar malefícios muito mais sérios e irreversíveis.
Os alimentos que devem ter maior consumo na alimentação diária estão na base da pirâmide, que são os pães, cereais, tubérculos e raízes. No nível dois, estão as verduras, legumes e frutas. Na terceira coluna, estão o leite, o queijo, os iogurtes, a carne, os ovos e o feijão. No último patamar, está o menor consumo que são o óleo e as gorduras, e os açúcares e doces. A quantidade de porções para cada idade e o que representa cada porção está descrito na pirâmide.