O Rio Madeira chegou ao maior nível de 2018 isolando casas de área ribeirinha
A cesta básica foi o melhor presente de Páscoa que David e a família receberam. Eles estão isolados na casa há vários dias. A pequena plantação, que garantia o alimento, foi, literalmente, por água abaixo.
O pesadelo da enchente de 2014 volta a assustar e assombra a vida de centenas de ribeirinhos que vivem em 17 comunidades ao longo do Rio Madeira, na região de Porto Velho. Gente que perdeu tudo na maior cheia registrada na história do estado agora se vê novamente com água na porta.
As marcas da enchente de 2014 ainda estão em muitas casas no distrito de Nazaré, um dos mais atingidos na época. Quatro anos depois, muitos moradores estão assustados com o volume de água do Rio Madeira, que já invadiu o distrito. Algumas casas foram desocupadas, em outras, os moradores continuam vivendo. Circular dentro do distrito, em alguns pontos se consegue caminhando, mas, em outros, só mesmo de barco.
A estrada que dá acesso as duas escolas ficou inundada. A Defesa Civil percorre as comunidades fazendo levantamento das famílias desabrigadas e levando cestas básicas e água mineral.
“Nesses próximos dias, a tendência do rio é subir um pouco mais e muitas famílias, com o rio nesse nível, ficam sem acesso”, disse Marcelo Santos, coordenador de Defesa Civil.
Já são mais de 120 casas isoladas na área ribeirinha de Porto Velho. Na região urbana da capital, quatro bairros estão alagados.