Trabalho da Polícia Civil garante condenação de membros do PCC
A organização criminosa foi descoberta e desbaratada em 2015 durante a Operação Último Comando, da Polícia Civil do Estado de Rondônia. O objetivo da operação era evitar que o sistema prisional se tornasse um quartel general.
Pesadelo, Morte Lenta, Cérebro, Sequestro, Nego Vulto, Louco, Dragão e Tenebroso. Esses são alguns dos nomes de uma extensa lista de apenados do sistema penitenciário rondoniense que fazem parte do Primeiro Comando da Capital (PCC) e que esta semana receberam condenações do Juízo da Vara de Tóxicos de Porto Velho, por comandarem de dentro dos presídios vários crimes relacionados ao tráfico de drogas no Estado.
A organização criminosa foi descoberta e desbaratada em 2015 durante a Operação Último Comando, da Polícia Civil do Estado de Rondônia. Na época, foram presas 98 pessoas, mas ao todo, foram indiciados 113 acusados, 87 dos quais acabaram sendo condenados. O objetivo da operação era evitar que o sistema prisional se tornasse um “quartel general”. Dezenove acusados foram absolvidos por insuficiência de provas. Outras oito pessoas encontram-se foragidas.
Durante três meses de investigações, em Porto Velho, foram 33 pessoas presas em flagrante, apreendidas seis armas, um colete balístico, três veículos, uma motocicleta, 1,5 quilo de cocaína, um rádio comunicador, balanças de precisão, 56 quilos de maconha, além de instrumentos utilizados para roubo a agências bancárias. As ações criminosas eram comandadas de dentro dos presídios, inclusive, o incêndio a um ônibus em Porto Velho.
O nome dos condenados e suas alcunhas foi descoberto após a apreensão de uma lista no presídio de Vilhena, região do Cone Sul de Rondônia. Todas as ações da Orcrim passaram a ser monitorada através de escuta telefônica. As penas variam entre 4 anos e 8 meses de prisão no regime semiaberto, a 22 anos de prisão no regime fechado.