A maioria dos vereadores da Câmara Municipal de Vilhena, no interior de Rondônia, decidiram ontem, 19, por meio de uma sessão extraordinária inocentar o prefeito José Rover (PP) da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigava a movimentação irregular de recursos federais que foram destinados à construção do Hospital Infantil e Maternidade do município.
O relatório de 17 páginas começou a ser lido com uma hora de atraso, pelo vereador Célio Batista, relator da CPI e filiado ao mesmo partido de Rover. A comissão escolhida para apurar as denúncias contra o prefeito entendeu que não houve improbidade administrativa por parte do executivo.
Entenda
A CPI foi instaurada no dia 18 de agosto, após a PF (Polícia Federal) entregar à Câmara de Vereadores documentos que comprovavam a existência de desvio de finalidade na construção do Hospital Infantil. As supostas irregularidades foram descobertas durante a Operação Stigma, que apura desvio de verbas da União na prefeitura do município.
No dia dez deste mês o prefeito compareceu à sede da Delegacia da Polícia Federal (DPF) para prestar depoimento em um novo inquérito da Operação Stigma. Na ocasião ele alegou que houve desvio de conduta na execução da obra, porém negou qualquer desvio de verba pública na construção do prédio.
Votaram contra:
Apenas quatro dos dez vereadores votaram contra o relatório que julgou improcedente a denúncia apresentada: Júnior Donadon (Sem partido), Valdete Savaris (PPS), Maria José (PDT) e Marta Moreira (PSC).
Votaram a favor:
Os outros seis parlamentares que compõem a casa foram a favor do relatório que manteve Rover no cargo: Wanderlei Graebin (SD), Célio Batista (PP), Carmozino Taxista (SD), Jair Peixoto (PP), José Garcia (DEM) e Marcos Cabeludo (PHS).