Acordo entre Brasil e Argentina busca combater crime organizado
O documento prevê a troca de informações entre os dois países, criando uma base de dados comum que possa ser acessada em tempo real. Segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, as nações vizinhas precisam avançar na cultura de integração.
Brasil e Argentina assinaram, nessa terça-feira (31), em Buenos Aires, um acordo de combate ao crime organizado. O documento prevê a troca de informações entre os dois países, criando uma base de dados comum que possa ser acessada em tempo real.
Segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, as nações vizinhas precisam avançar na cultura de integração.
A ministra da Segurança argentina, Patrícia Bullrich, destaca as principais frentes de atuação do acordo, entre elas, o combate ao tráfico de armas, pessoas e lavagem de dinheiro.
Os dois ministros acertaram realizar uma videoconferência a cada 15 dias para acompanhar o cumprimento do acordo. O ministro brasileiro também propôs criar um fórum sobre segurança regional que inclua todos os países da América do Sul.
Ainda na Argentina, Raul Jungmann respondeu críticas sobre a intervenção militar no Rio de Janeiro e comparou a cidade com Medellín – um dos centros dos cartéis de narcotráfico da Colômbia, que levou oito anos para diminuir os índices de criminalidade e violência.
Mas, no caso carioca, segundo ele, dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro mostram uma queda em vários tipos de crime, como roubo de cargas, furtos e também homicídios. No entanto, a morte de policiais aumentou.
O ministro defendeu a continuidade da intervenção alegando que, no Rio de Janeiro, 1 milhão de pessoas em 800 comunidades “vivem em estado de exceção, sem direitos, nem garantias constitucionais, porque são controladas pelo crime organizado, as milícias e os traficantes de drogas”.