Brasil gerou em julho 47.319 empregos com carteira assinada, apontam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
O resultado é o melhor dos últimos seis anos e foi disponibilizado no site do Ministério do Trabalho nesta quarta-feira (22).
Acumulado do ano
Os números oficiais do governo mostram ainda que, entre janeiro e julho, foram criados 448.263 empregos com carteira assinada em todo o país.
Já nos últimos doze meses, segundo o Ministério do Trabalho, foi registrada a criação de 286.121 postos de trabalho formais.
Com o resultado de julho, o estoque de empregos estava, no final daquele mês, em 38,317 milhões de vagas, contra 38,030 milhões no mesmo mês do ano passado.
Ao todo, em 2017, economia brasileira fechou 20.832 postos de trabalho formais, ou seja, registrou mais demissões do que contratações.
O ano passado foi o terceiro ano seguido em que houve mais demissões. Entre 2015 e 2017, o país fechou um total de 2,88 milhões de postos.
Setores
Segundo o governo, em julho, houve abertura de vagas em todos seis dos oito setores da economia. O maior número de empregos criados foi na agricultura.
Veja abaixo:
Serviços: +14.548
Indústria de transformação: +4.993
Construção civil: +10.063
Comércio: -249
Agricultura: +17.455
Administração pública: -1.528
Extrativa mineral: +702
Serviços industriais de utilidade pública: +1.335
Dados regionais
Segundo o governo, houve criação de vagas formais em quatro das cinco regiões do país em julho deste ano. Veja abaixo:
Sudeste: +24.023
Centro-Oeste: +9.911
Nordeste: +7.163
Norte: +6.635
Sul: -413
O governo informou ainda que, dos 27 estados, 19 tiveram saldo positivo (criação de empregos formais) em julho deste ano.
Os maiores saldos de emprego ocorreram em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Pará. O fechamento de vagas, por sua vez, foi registrado nos estados de Pernambuco, Roraima, Distrito Federal, Santa Catarina, Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Trabalho intermitente
Segundo o Ministério do Trabalho, foram realizadas 4.951 admissões e 1.552 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente em julho deste ano. Com isso, houve um saldo positivo de 3.399 empregos no período.
O trabalho intermitente ocorre esporadicamente, em dias alternados ou por algumas horas, e é remunerado por período trabalhado. A previsão do governo é que essa modalidade gere 2 milhões de empregos em três anos.
Foram registradas ainda, no mês passado, 4.643 admissões em regime de trabalho parcial e 3.830 desligamentos, gerando saldo positivo de 813 empregos.
Salário médio de admissão
O Ministério do Trabalho também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.536,12 em julho, o que representa uma alta de R$ 0,40 em relação ao patamar de junho (R$ 1535,72).