Em vídeo de agosto, empresário sem doação declarada diz gastar dinheiro com campanha de Bolsonaro
Não há nenhuma doação declarada de Gazin, nem de Luciano Hang, o proprietário da Havan que aparece ao lado dele no vídeo e foi citado na matéria publicada pela Folha de S. Paulo na quinta-feira (18).
Em vídeo publicado em 28 de agosto de 2018 pelos perfis de Jair Bolsonaro (PSL) nas redes sociais, o empresário Mário Gazin, proprietário da empresa Móveis Gazin, pede votos para que a eleição seja encerrada ainda em primeiro turno.
Ele justifica o pedido para que não precise gastar “mais dinheiro” na campanha. O nome do empresário, no entanto, não aparece na lista de doação declaradas por Bolsonaro ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Primeiro turno, Bolsonaro, para não ter escolha, para nós não ter que gastar mais dinheiro, para não ter que ficar todo mundo gastando com o segundo turno. Quem tá indeciso, é lá. É lá que tem que ser, porque acabou, nós gasta menos dinheiro”, diz Gazin. Confira o vídeo abaixo.
O portal de divulgação de dados do TSE aponta que a campanha de Bolsonaro recebeu como doações declaradas oficialmente R$2.527.640,20 até o momento. Desse total, R$ 2.162.152,00 vieram por meio de campanha de financiamento coletivo, R$ 339.125,24 da Direção Nacional do PSL, R$ 10 mil de Gustavo Bebianno Rocha, presidente do PSL, R$ 8,7 mil de Luiz Antônio Marques da Silva, R$ 4,162,96 da Direção Nacional do PRTB e R$ 3,5 mil de Renato Antonio Bolsonaro.
Não há nenhuma doação declarada de Gazin, nem de Luciano Hang, o proprietário da Havan que aparece ao lado dele no vídeo e foi citado na matéria publicada pela Folha de S. Paulo na quinta-feira (18) como um dos empresários que financiou o impulsionamento de mensagens pelo WhatsApp. A lista de financiamento coletivo aponta o nome de todos os doadores, mas eles também não aparecem ali.