Bolsonaro recua mais um vez e diz que pasta do Trabalho continuará com status de ministério
Segundo o presidente eleito, a meta atual é reduzir o número de ministérios de 29 para 17, mas pode chegar a 18 – inicialmente, Bolsonaro havia dito que seriam "no máximo" 15 pastas
O presidente eleito Jair Bolsonaro informou nesta terça-feira (13) que a pasta do Trabalho manterá status de ministério e não se tornará uma secretaria.
Bolsonaro deu a declaração numa entrevista coletiva em Brasília, após ser questionado sobre o assunto.
Na semana passada, o presidente eleito havia dito que pasta do Trabalho perderia status ministerial e seria incorporada a algum ministério.
"O Trabalho vai continuar com status de ministério. Não vai ser secretaria, não", afirmou.
Questionado se o ministério irá incorporar alguma pasta, respondeu:
"Vai ser ministério disso, disso e Trabalho. É igual o Ministério da Indústria e Comércio, é tudo junto, está certo? O que vale é o status".
Na avaliação do presidente eleito, "ninguém está menosprezando" o Ministério do Trabalho.
Na semana passada, após Bolsonaro dizer que o Ministério do Trabalho seria incorporado a outra pasta, servidores protestaram na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e deram um abraço simbólico no prédio onde funciona o órgão.
Segundo o presidente eleito, a meta atual é reduzir o número de ministérios de 29 para 17, mas pode chegar a 18 – inicialmente, Bolsonaro havia dito que seriam "no máximo" 15 pastas.
"Se tiver que aumentar mais um ou dois, que aumente. A gente não pode é prejudicar administrar da nação por fixar o número 15. Está em 17, e talvez seja 18", disse.
Encontro do G20
Bolsonaro também informou nesta terça-feira que por questões de saúde não deve viajar com o presidente Michel Temer para o encontro do G20, em Buenos Aires (Argentina) – o grupo reúne as 20 principais economias do mundo.
Na última semana, Temer informou ter convidado o presidente eleito para as viagens internacionais que fará até o fim do ano.
"A princípio, não [irá à viagem]. Estou com problemas de saúde, tenho que evitar viagem mais longa e tem o problema da minha saúde. Talvez não vá", afirmou o presidente eleito.