Embaixador Ernesto Araújo é escolhido para Relações Exteriores
Ernesto Araújo, de 51 anos, nasceu em Porto Alegre e é formado em Letras. Mais recentemente, o diplomata serviou na Alemanha, no Canadá e nos Estados Unidos. Atuou como subchefe de gabinete do então chanceler Mauro Vieira, de 2015 a 2016.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil O presidente eleito Jair Bolsonaro anunciou há pouco a indicação do embaixador Ernesto Fraga Araújo para o cargo de ministro das Relações Exteriores de seu governo. Diplomata há 29 anos, Araújo é diretor do Departamento de Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do Itamaraty.
Bolsonaro anunciou a indicação por meio de sua conta no Twitter. “A política externa brasileira deve ser parte do momento de regeneração que o Brasil vive hoje”, escreveu o presidente eleito, classificando o diplomata como um “um brilhante intelectual.”
Ernesto Araújo, de 51 anos, nasceu em Porto Alegre e é formado em Letras. Mais recentemente, o diplomata serviou na Alemanha, no Canadá e nos Estados Unidos. Atuou como subchefe de gabinete do então chanceler Mauro Vieira, de 2015 a 2016. Trabalhou nas áreas de integração regional, Mercosul, União Europeia e negociações extra-regionais.
É autor de trabalhos sobre o Mercosul e negociações extra-regionais. É casado e tem uma filha de 12 anos.
Em artigo publicado no Cadernos de Política Exterior, do Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais (IPRI), em 2017, o embaixador propõe que o Brasil reflita e defina se quer fazer parte da concepção de Ocidente do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Uma visão do Ocidente não baseada no capitalismo e na democracia liberal, mas na recuperação do passado simbólico, da história e da cultura das nações ocidentais […] e que mostra o nacionalismo como indissociável da essência do Ocidente”, escreveu Araújo antes de, comparando a atual situação mundial a uma partida de futebol americano, acrescentar que “muita gente não sabe que o Ocidente está jogando, muito menos que está perdendo.”
Equipe ministerial
Com o novo anúncio, sobe para oito os nomes confirmados para a equipe ministerial do governo eleito. Alguns escolhidos atuam diretamente no governo de transição. Nas declarações públicas, Bolsonaro avisou que pretende reduzir de 29 para de 15 a 17 o número de ministérios, extinguindo pastas e fundindo outras.
Repercussão
Em nota, o Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty) saudou a escolha de Araújo. "A entidade reafirma seu compromisso com a modernização das relações de trabalho em prol de todos os servidores do MRE. Desejamos êxito e sucesso na nova missão."