27/11/2018
Bolsonaro acertou?
Autor de livro anti-PT, anti-marxista e principalmente anti-esquerda, o professor Ricardo terá a missão de levar as propostas para a educação de Bolsonaro a frente.
A escolha do professor Ricardo Velez caiu como surpresa, pois as hipóteses para o Ministério da Educação eram totalmente outras. Autor de livro anti-PT, anti-marxista e principalmente anti-esquerda, o professor Ricardo terá a missão de levar as propostas para a educação de Bolsonaro a frente. Vélez Rodríguez não tem o olhar vidrado de Guilherme Schelb, o bode habilmente introduzido na sala pelas especulações de ontem para o MEC.    

Até onde sei, não se vê como alguém a quem Deus em pessoa confiou a missão de derrotar os ímpios. Uma olhada no seu currículo indica que sempre foi conservador, mas que – coincidência ou não – se radicalizou e assumiu um discurso tão caricato só quando essas posturas começaram a render vantagens. Mas isso não faz dele uma opção melhor. Um com fanatismo, outro de forma mais calculista, ambos abraçam o mesmo projeto, que é o combate sem tréguas à educação no Brasil.

Rodríguez disse ter sido recomendado para o cargo de ministro da Educação no dia 7 de novembro, conforme escreveu em seu blog. Nesse dia, publicou um texto intitulado Um roteiro para o MEC, no qual diz que a proliferação de leis e regulamentos tornou os brasileiros “reféns de um sistema de ensino alheio às suas vidas e afinado com a tentativa de impor, à sociedade, uma doutrinação de índole cientificista e enquistada na ideologia marxista”. Isso levaria, segundo ele, a “invenções deletérias em matéria pedagógica como a educação de gênero, a dialética do 'nós contra eles", tudo destinado a desmontar os valores da sociedade, "no que tange à preservação da vida, da família, da religião, da cidadania, em soma, do patriotismo".

O discurso é afinado com a pregação de Bolsonaro e do Escola Sem Partido, defendido pelo presidente eleito e aliados, que inclui, além da ideia de que é preciso combater o "esquerdismo" na educação, a demonização da discussão de gênero nas escolas. Esses temas, que já afetam a rotina nas instituições de ensino e provocam um temor de uma caça às bruxas, foram bandeiras de destaque do ultradireitista durante a campanha tornando o Ministério da Educação uma trincheira estratégica de seu futuro Governo.

O tema não sairá da agenda tão cedo. Um projeto do Escola sem Partido tramita na Câmara e um julgamento sobre o tema no Supremo Tribunal Federal, previsto para ainda este mês, deve colocar fogo de vez neste debate.

NOVO MINISTRO E SUAS POLÊMICAS

Ricardo Velez postou em sua conta no Facebook que o Golpe Militar é uma data para se comemorar e ser lembrada. Rodríguez defende que o golpe de 64 foi uma “revolução institucional”, com o objetivo de corrigir o “rumo enviesado pelo populismo janguista”. Para ele, a ditadura militar livrou o Brasil do comunismo. “Nos poupou os rios de sangue causados pelas guerrilhas totalitárias”, afirmou citando como exemplo as Farc, na Colômbia. Também crítica o Programa Nacional de Direitos Humanos, instituído em 2009, pelo qual, acredita Rodríguez, “os coletivos sindicais iriam tomar posse de todas a instâncias de poder (...), chegando ‘a formulação de uma nova versão de ‘direitos humanos’ identificados unicamente com a defesa da república sindical lulopetista”.

OS REITORES DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS

O ministro escolhido por Jair Bolsonaro defende um controle mais rígido do Estado nas contas das universidades federais. Segundo Ricardo Velez, embora a Constituição Federal de 1988 trata da autonomia das universidades, o dinheiro público não se gasta com autonomia, existe sim órgãos de controle externo do Poder Público que devem fiscalizar se os recursos estão sendo utilizados corretamente. Segundo o ministro, o problema não está na autonomia, pois ela é uma conquista constitucional das universidades que não podem ser resumidas numa figura de pessoa física que é o Reitor. O aparelhamento marxista e esquerdista nas universidades promovido pelo governo Lula (PT) desde 2003 criou uma gastança descontrolada e desordenada por parte dos reitores das universidades federais que precisa ser combatida.

ESCOLAS PÚBLICAS – EDUCAÇÃO BÁSICA

O novo ministro tem um posicionamento semelhante ao de Bolsonaro. É preciso se gastar com a base e não com o ápice. A desproporcionalidade entre os gastos entre o ensino superior e a educação básica fere a LDB 9394/96 e a própria Constituição. Um aluno da educação básica do ensino fundamental custa até 10 vezes menos a um aluno de Engenharia de uma Universidade Federal. Em qualquer outro país do globo essa regra não existe.







 

Fonte: Victoria Angelo Bacon
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