O deputado estadual eleito Jair de Figueiredo Monte (PTC), teve o pedido de habeas corpus parcialmente concedido nesta segunda-feira (24), e deve responder em prisão domiciliar com rastreamento eletrônico.
Jair Montes foi preso preventivamente no dia 14 de dezembro pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil de Rondônia, após ser condenado pela 1ª Vara de Delito Tóxico (VDT).
Outros quatro detidos na mesma ocasião, incluindo Fernando da 'Gata' e Beto Baba, também tiveram as prisões preventivas convertidas em domiciliares. A decisão foi do desembargador Valter de Oliveira.
Procurada pelo G1 a defesa dos acusados informou que continuarão atuando para que a situação de seus clientes perante a Justiça se normalize o mais rápido possível.
Operação Apocalipse
Os presos foram investigados na Operação Apocalipse e condenados por integrarem uma quadrilha que atuava com estelionato, envolvimento com tráfico de drogas e falsificação de documentos.
Deflagrada em julho de 2013 pelo extinto Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em Rondônia e mais oito estados brasileiros, desarticulou uma quadrilha que financiava campanhas políticas e captava recursos por meio de lavagem de dinheiro. Em troca, os benefícios estavam relacionados à nomeação de funcionários fantasmas.
Na época, a operação cumpriu 229 medidas cautelares, entre mandados de busca e apreensão, prisões preventivas e indisponibilidade de bens, gerando ao todo 54 prisões de vereadores, deputados, empresários e funcionários fantasmas.
A ação criminosa movimentou cerca de R$ 80 milhões em nove estados, deste total, em Rondônia, a quadrilha contrabandeou aproximadamente R$ 33 milhões, com um patrimônio que inclui 200 carros, imóveis e cotas em empresas.