Motorista se revolta após demissão e incendeia empresa onde trabalhava
O homem recebeu voz de prisão e foi apresentado às autoridades na Central de Flagrantes, onde o boletim de ocorrência foi registrado. Procurada, a transportadora preferiu não se pronunciar sobre o incêndio.
Foto: Cássia Firmino - G1 RO Um motorista de 49 anos foi preso na madrugada desta quinta-feira (27) após atear fogo na empresa onde trabalhava, na avenida Nações Unidas, em Porto Velho. De acordo com a Polícia Militar (PM), o homem decidiu incendiar a transportadora após se demitir e também suspeitar que estava sendo envenenado.
De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar (PM) foi chamada até a empresa por uma testemunha que estava trabalhando próximo ao local do incêndio. Na ocasião, o Corpo de Bombeiros foi chamado para conter as chamas, mas várias encomendas no galpão e até um caminhão foram destruídos pelo fogo.
A testemunha que chamou a PM informou as características do ex-funcionário e ele foi encontrado em um posto de gasolina próximo da transportadora.
Aos policiais, o homem confessou ser o autor do incêndio. Ele disse ter pulado o muro da empresa durante a noite, ido até o galpão onde estava estacionado o caminhão em que costumava trabalhar e incendiado o veículo. Em seguida ele também ateou fogo na empresa.
De acordo com os policiais que atenderam a ocorrência, o suspeito aparentava estar sob efeito de entorpecentes e disse que, além de não ter concordado com o valor da recisão, decidiu atear fogo no local, pois estaria sendo envenenado enquanto era funcionário.
Segundo o delegado da Central de Flagrantes, Jesus Silva Boabaid, o homem pediu demissão, recebeu R$ 500 de recisão, e por não concordar com o valor, voltou ao local para atear fogo na empresa.
"Ele achou muito baixo [o valor] e não queriam acertar a volta dele para o estado de origem, e aí ele acabou cometendo essa besteira. Ele falou que na verdade é usuário. Quando ele cometeu o crime, ele saiu do lugar, fez uso de substância entorpecente e retornou somente para cometer o crime", afirma Boabaid.
Depois do incêndio, a gerente da foi chamada ao local e constatou que o suspeito era funcionário da transportadora e este havia se demitido na quarta-feira (26).
Segundo o delegado, o motorista foi detido e deve permanecer preso até o julgamento. "O crime tem pena de até seis anos e ele vai ficar preso, não tem nem fiança. Ele vai aguardar o processo, eu acredito que preso, mas também, dependendo do juíz, ele pode ser solto ou outra medida que acharem conveniente para ele", finaliza o delegado Jesus.
O homem recebeu voz de prisão e foi apresentado às autoridades na Central de Flagrantes, onde o boletim de ocorrência foi registrado. Procurada, a transportadora preferiu não se pronunciar sobre o incêndio.