Neste período chuvoso em todo o estado de Rondônia aumentam as situações vulneráveis aos ataques de animais peçonhentos. Com mais de mil casos de vítimas registrados em 2018 pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), o Corpo de Bombeiros Militar orienta à população sobre as medidas necessárias para evitar os ataques e os cuidados durante os atendimentos de socorro.
O número de acidentes com animais peçonhentos como cobras, escorpiões, lagartas, serpente, aranha, abelha, entre outros, cresce no período de chuvas decorrente da busca por um abrigo em local seco. Procuram acesso em ambientes domésticos, devido ao acúmulo de água em seus habitats naturais. Mas, segundo o sargento BM Fabrício Rodrigues, os maiores índices acontecem também em consequência ao acúmulo de lixo em certos locais, atraindo os animais. “Lembrando que ‘peçonhentos’ são os animais que possuem veneno e podem injetar esse veneno durante um ataque. É preciso estar atento a algumas recomendações e cuidados, principalmente com crianças”, observou o sargento.
RECOMENDAÇÕES
Não acumular lixo em ambiente doméstico, evitar grandes quantidades e por muito tempo;
Não colocar a mão em tocas, buracos ou espaços que não se tenha visibilidade e segurança;
Não andar descalço;
Utilizar luvas em serviços de jardinagem ou outro que seja próximo a regiões de vegetação;
Verificar sapatos, tênis, botas ou outros tipos de calçados antes de usar;
Dar uma leve sacudida nas roupas muito tempo guardadas antes de usá – las;
Sempre que possível, utilizar perneiras quando fizer serviços de capinação.
Procedimentos em casos de acidentes
Mantenha a vítima o mais calma possível;
Lave o ferimento causado pelo ataque com água limpa corrente (se utilizar sabão, use sabão neutro);
Não faça torniquetes;
Não tente “sugar” o veneno (não surtirá efeito e as bactérias ali existentes podem contaminar quem está tentando prestar o socorro);
Não utilize nenhum produto como pasta dental, café, vinagre ou outro que seja advindo de boatos ou lendas urbanas, isso pode aumentar o risco de uma infecção e não irá neutralizar o veneno;
Se dirija o mais rápido possível a uma unidade de saúde para avaliação médica.
O Corpo de Bombeiros Militar explica que o único antídoto para esses casos é o soro anti ofídico. Por exemplo, no ataque por cobra, o animal deve ser contido e levado para saber qual soro mais adequado para o tratamento, porém, apenas se houver uma forma segura de capturar a serpente. Os órgãos competentes para apoiar as situações de animais peçonhentos em residências são o Corpo de Bombeiros Militar e o batalhão de Polícia Ambiental, podendo ser acionados pelo Centro Integrado de Operações Policiais, por meio dos telefones 193 e 190.