A Polícia Militar (PM) confirmou que 10 presos fugiram do presídio Ênio Pinheiro, na Estrada da Penal, em Porto Velho, por volta das 22h do último sábado (23).
Segundo registro de ocorrência, os detentos serraram três barras da cela onde estavam em um dos pavilhões da unidade prisional. Para a presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Rondônia (Singeperon), Dahiane Gomes, o número de detentos – agora foragidos da Justiça – pode ser maior.
Conforme o documento policial, um tenente da PM comunicou que os presos teriam fugido da penitenciária. Com isso, uma guarnição da PM seguiu ao local na madrugada deste domingo (24) para uma vistoria.
Um sargento da PM informou à guarnição que, por volta das 22h de sábado (23), os 10 apenados fugiram. A confirmação sobre a fuga também foi repassada à PM pelo diretor do presídio. Os foragidos conseguiram escapar após serrarem três barras da cela onde estavam.
O caso foi encaminhado à Unidade de Polícia Judiciária para dar início às investigações. O G1 conversou com a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) e ainda aguarda um posicionamento do órgão por e-mail.
Outra versão
Na manhã deste domingo (24), a presidente do sindicato, Dahiane Gomes, informou que foram cerca de 15 apenados que fugiram. Disse ainda que o número de detentos – agora foragidos da Justiça – pode ser maior.
Dahiane falou sobre a fuga em massa por telefone. Segundo ela, os agentes plantonistas disseram que uma testemunha do lado de fora do presídio viu quando alguns apenados fugiram em motos.
Ainda conforme a presidente do Singeperon, a unidade prisional conta com sete agentes penitenciários para pelo menos 550 presos. No pavilhão onde houve a fuga, havia cerca de 200 detentos.
Após o ocorrido, uma equipe da PM se deslocou ao presídio e seguiram até o pavilhão onde os detentos cumpriam pena. De acordo com Dahiane, os presos que fugiram "são muito perigosos".
Agora, o sindicato disse vai levar o caso à Justiça por meio de um relatório na próxima quarta-feira (27). "O que nos resta é relatar o caso e entrar na Justiça. A situação do Ênio é muito precária e não tem condições de estar ativo", relatou a presidente do sindicato.
A penitenciária Ênio Pinheiro é uma das que está sob intervenção militar. Coronel Marcos Rocha (PSL), chefe do estado, decretou intervenção por 60 dias no dia 24 de janeiro por conta da mobilização grevista dos agentes penitenciários.
A presidente do Singeperon informou que cerca de 150 policiais militares do interior do estado devem chegar na capital entre este domingo e a próxima segunda-feira (25). O objetivo é dar suporte às unidades prisionais da capital.