O prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, decretou Estado de Alerta na segunda-feira (7), por causa do nível do Rio Madeira, que atingiu 15,20 metros, ultrapassando a cota de alerta que é de 14 metros. “Se chegar a 15,50 metros muitas casas nas regiões de risco vão ser alagadas”, disse o secretário de Projetos Especiais e Defesa Civil (Sempedec), Vicente Bessa.
Conforme adiantou Bessa, o decreto autoriza a Sempedec a colocar em prática a primeira fase do Plano de Contingência. O primeiro passo é fazer um novo levantamento para identificar quantas famílias deverão ser retiradas. Inicialmente esse trabalho será feito somente na capital, mas na próxima semana, técnicos da Defesa Civil seguem ao distrito de Abunã para realizarem os mesmos procedimentos. “Aqui em Porto Velho três famílias que moram no bairro Nacional pediram para serem retiradas porque a água já invadiu os quintais e está embaixo dos assoalhos das casas”, informou.
A determinação do prefeito Mauro Nazif é para que as famílias afetadas sejam levadas para locais seguros (casas de parentes ou apartamentos alugados) antes que as moradias sejam inundadas. Desta forma, a ação da Sempedec ocorrerá com mais tranquilidade e segurança, primando sempre pela preservação da vida.
Ribeirinhos
No próximo dia 14, uma equipe da defesa Civil Municipal vai percorrer todas as comunidades do baixo Madeira e Rio Machado, até o distrito de Demarcação. Os técnicos farão o monitoramento do nível do rio, das áreas de desbarrancamento, quantidade de famílias que poderão ser impactadas e também entregarão água potável para os ribeirinhos. Calcula-se que inicialmente cerca de 150 famílias na Capital e outras 200 em Abunã serão afetadas, caso as águas do Madeira cheguem a 15,50 metros.
Agravante
Um fato agravante, de acordo com Vicente Bessa, é que todo distrito de Abunã terá que ser transferido para uma região mais alta. A Sempedec constatou por meio de estudos realizados pela Agência Nacional de Águas (Ana) que o nível do lençol freático está muito elevado por causa do reservatório da usina de Jirau. Isso prejudica as atividades agrícolas na região, uma das principais fontes de sobrevivência das famílias que moram no distrito.