O ex-presidente recebeu apoio de mais de 600 mil pessoas responsáveis por uma petição defendendo a entrega da honraria ao membro do Partido dos Trabalhadores. A campanha partiu de um detentor do Nobel.
Preso desde abril de 2018 em Curitiba, Luiz Inácio Lula da Silva está entre os 300 aspirantes de todo o mundo ao Prêmio Nobel da Paz de 2019.
O ex-presidente recebeu apoio de mais de 600 mil pessoas responsáveis por uma petição defendendo a entrega da honraria ao membro do Partido dos Trabalhadores. A campanha partiu de um detentor do Nobel.
O argentino Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do prêmio em 1980, destacou os esforços do então presidente pela retirada de quase 30 milhões de brasileiros que viviam abaixo da linha da pobreza.
Somos muitos que acreditam que o Prêmio Nobel da Paz para Lula ajudará a fortalecer a esperança de poder continuar construindo um novo amanhecer para dignificar a árvore da vida”, justificou o ativista.
Por outro lado, o jurista norueguês Fredrik S. Heffermehl diz que honrar Lula com um Nobel seria desrespeitar os ideais de defesa da paz que suscitaram a criação do prêmio.
“Lula não teria chance de ganhar o Prêmio Nobel da Paz, se o comitê seguisse as intenções originais de Alfred Nobel”, declarou ao blog Brasilianismo no UOL.
A fala não critica Lula, mas, segundo Fredrik, que sequer conhece o brasileiro, a politização excessiva do prêmio. Para ele, a constatação acontece com os prêmios dados a Barack Obama e Juan Manuel Santos, divergindo de ideias de construção da paz mundial.
Heffermehl é autor do livro The Nobel Peace Prize (O Prêmio Nobel da Paz, de 2010) e fundador da Nobel Peace Prize Watch, criada para fiscalizar escolhas do comitê para o Nobel.
“Eles não estariam seguindo as ideias de Nobel. Os argumentos de perseguição política, luta contra a pobreza, programas de saúde, todos esses tipos de políticas não são relevantes para o Prêmio Nobel da Paz. O prêmio deve ser dado para cooperação global e desarmamento e para a criação de uma nova ordem global pacífica”, finaliza.