Se durante a campanha eleitoral Jair Bolsonaro conseguiu quebrar a hegemonia da televisão formando sua base de eleitores no Facebook, Twitter e WhatsApp —que têm no Brasil um mercado de mais de 100 milhões de usuários—, nos seus primeiros dois meses como presidente da República, as redes sociais são uma bússola primordial do Governo. É nessas plataformas que o mandatário anuncia projetos e ações políticas, rebate críticas, ataca opositores e, cada vez mais, manda e recua à mercê da opinião de seus seguidores. Por um lado, o presidente segue táticas já usadas por Donald Trump de manter a audiência em um clima fabricado e perene de campanha. Por outro, provoca ressalvas, até em aliados, que se perguntam como a estratégia vai funcionar no momento em que estiverem em pauta temas naturalmente controversos, inclusive dentro da base do presidente, como a reforma da Previdência.