O Notícias RO explica nesta publicação o envolvimento do Senador da Republica e vice-presidente do PMBD na operação Lava Jato.
O Senador foi citado por Fernando Baiano em delação premiada, em novembro de 2015.
Delação
Em seu primeiro depoimento ao juiz Sérgio Moro após fechar o acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o lobista Fernando Antônio Soares, conhecido como Fernando Baiano, afirmou que pediu “doação” para o atual presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO) e também para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa. O repasse teria sido operacionalizado pelo doleiro Alberto Youssef em forma de doação oficial.
Inquéritos
Raupp é alvo de dois inquéritos. Um deles investiga se houve formação de quadrilha para fraudar a Petrobrás. O outro apura se o senador recebeu dinheiro desviado por empresas com contratos na estatal e lavou os valores.
Em acordo de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef afirmou que operacionalizou o pagamento de R$ 500 mil para a campanha de Raupp ao Senado de 2010. O valor teria, segundo o doleiro, saído da cota do PP e seria decorrente de sobre preços em contratos da Petrobrás.
Antecedente
Antes de ser citado diretamente pelo doleiro Fernando Baiano, Raupp teve a quebra do sigilo telefônico autorizado pelo ministro Teori Zavascki, em maio deste ano, já pela operação.
A autorização foi dada no dia 27 de maio, à época Teori também autorizou a quebra de sigilo uma assessora do Senador, a do doleiro Alberto Youssef e dois executivos afastados da Construtora Queiroz Galvão - Othon Zanoide e Ildefonso Colares, ambos investigados no caso.
A quebra do sigilo compreendeu o dia 1º de janeiro de 2010 até 31 de dezembro de 2010. Os dados foram solicitados pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga o senador por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. A PF pretendia saber se houve troca de ligações entre as cinco pessoas.
Negativas
O senador nega as suspeitas. Em recurso apresentado ao STF para arquivar a investigação, ele argumentou que não há provas mínimas de que ele tenha participado de irregularidades e que tudo se baseia nas palavras de um delator suspeito (Youssef) e que não tem credibilidade.
O senador diz ter "convicção” de que não recebeu nada. Ele também procurou afastar "qualquer hipótese de desvio, muito menos de lavagem de dinheiro".
A investigação está em andamento, e o STF prorrogou, no início de novembro, por mais 60 dias o prazo para a PF concluir o inquérito.