Até a última quinta-feira, 10, o Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) já havia notificado 709 casos suspeitos de dengue. Desse total, 61 exames foram confirmados e 255 descartados. Existem ainda outros 393 exames que estão sendo investigados pela Vigilância Epidemiológica.
Apesar do alto número de notificações, o secretário da Semusa, Domingos Sávio, adianta que a situação está sob controle com a redução dos casos de dengue nos últimos seis anos. Em 2010, a Secretaria Municipal de Saúde diagnosticou 6.096 pacientes que haviam contraído dengue em Porto Velho.
No ano seguinte esse número caiu para 132 casos, número que se manteve em 2012. Em 2013, houve um ligeiro aumento nas ocorrências chegando a 663 casos confirmados. A partir de 2014, ano da maior enchente do rio Madeira, os registros da doença começaram a cair. O ano fechou 256 casos; em 2015, foram 176 e 61 no primeiro trimestre deste ano.
As ocorrências dos casos de dengue grave também tiveram uma queda significativa, na comparação aos registros feitos até 2010. Naquele ano, a Vigilância Epidemiológica confirmou 56 casos desse tipo da doença. Em todo ano de 2015, só um caso de dengue grave foi confirmado e neste ano ainda não houve registro.
Chikungunya
Com relação a chikungunya, a Secretaria Municipal de Saúde já confirmou dois casos de um total de 273 notificações de suspeitas. Mas nenhum são casos locais, são importados, um de um turista que veio da Bahia e passou duas semanas em Porto Velho e outro de uma pessoa que veio da Bolívia. Há ainda outros casos em investigações referentes a 2015 e 2016.
Zika vírus
Até a segunda semana de março a Secretaria Municipal de Saúde investigou 267 casos suspeitos de zika vírus. Vinte e uma notificações referem-se à mulheres gestantes que passaram a ter prioridade na realização dos exames. Cinco deram positivos, 17 foram descartados e 245 ainda estão sob investigação.
Microcefalia
Ocorrências de microcefalia também foram confirmadas em Porto Velho pela Secretaria Municipal de Saúde, com base nos levantamentos feitos pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica. Três casos deram positivos dos seis que estavam sendo investigados. No entanto, nenhum tem relação direta com o zika vírus.
A Vigilância Sanitária também recebeu, no mesmo período, 168 denúncias de locais com possíveis criadouros do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika vírus e microcefalia. Em 93 casos as denúncias foram confirmadas pelas equipes da Vigilância Epidemiológica.