Um homem teve o pé esmagado na última sexta-feira (18) em seu local de trabalho, o homem identificado apenas como Claudemir trabalha no Centro de Distribuição (CD) de um supermercado da capital.
Claudemir estava pilotando uma empilhadeira quando houve um acidente, a empilhadeira que ele conduzia se chocou com outra empilhadeira e seu pé foi esmagado com o choque. Desde então começou seu calvário. Claudemir foi levado pela empresa a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), neste local não foi possível prestar os primeiros socorros, pois como todos sabem, uma UPA não está preparada para atender a um esmagamento de membro. Então Claudemir foi levado até ao Pronto Socorro João Paulo Segundo, onde obteve atendimento, e a avaliação do médico foi de que ele teria que amputar seu pé.
Foi providenciada então a transferência até o Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro (HB) numa tentativa da família de salvar o pé de Claudemir. No HB também iriam amputar seu pé. Em uma outra tentativa de evitar a amputação, sua esposa e amigos o levaram a um hospital particular, em seguida entraram em contato com a empresa onde Claudemir trabalha para pedir auxílio. Foram atendidos pela gestora da área de Recurso Humanos (RH) da empresa, ela disse que a empresa prestaria todo o apoio necessário. No entanto, Após o Ortopedista do Hospital realizar uma análise minuciosa e informar que deveria ser realizada uma cirurgia com urgência a empresa não atendeu mais as ligações ou qualquer outra forma de contato.
Depois de inúmeras tentativas um amigo da família conseguiu contato com a responsável pelo RH onde a mesma mostrava-se indiferente com a situação do funcionário Claudemir, foi solicitado que ela comparecesse com urgência ao Hospital para prestar todo apoio necessário ao funcionário do supermercado, porém mais uma vez a empresa mostrou-se indiferente, e como não fosse o bastante, a empresa, pasmem, negou à administração do hospital que Claudemir trabalhasse lá. Tudo aconteceu quando a administração do hospital ligou para a representante do supermercado, solicitando algumas informações sobre o paciente, foi quando a gestora de RH negou que o funcionário Claudemir fizesse parte do quadro de funcionário do supermercado. Inconformados com a situação e precisando pagar o tratamento os amigos de Claudemir realizaram uma ‘vaquinha’ para arrecadação de dinheiro, a espera do auxilio que a empresa disse que iria prestar, mas que até agora ficou apenas na promessa
Outro lado
O Supermercado informou por meio de ligações e de nota enviada a imprensa que acompanha o colaboradora acidentado, de acordo com a empresa o fato de Claudemir ter sido transferido para um hospital particular foi um ato unilateral da familia.
Veja a integra da nota:
Com relação ao incidente ocorrido nas dependências do Centro de Distribuição no dia 18 de março, informamos que o colaborador Claudemir Gomes Farias foi prontamente atendido em tempo hábil pela empresa e levado pelos nossos colaboradores ao pronto atendimento, após para o Hospital João Paulo II e direcionado ao Hospital de Base, onde já no último sábado dia 26, foi operado e está em franca recuperação, sendo acompanhado pelos mais capacitados profissionais daquela Unidade e pelo Médico da Empresa.
Vale salientar que a retirada do colaborador do Hospital de Base para Hospital particular da cidade, fora feito pela família, assinando o termo de retirada e responsabilidade, assumindo assim todos e quaisquer riscos de comprometimento para com o estado do paciente.
Muito ao contrário do que foi informado, por alguns meios de comunicação, a Empresa em nenhum momento negou socorro, assistência e ou se omitiu de confirmar que o funcionário pertencia ao quadro de colaboradores, pois jamais, em 25 anos de atividades, adotamos tais práticas condenáveis para com nossos colaboradores, que hoje somam a conta de mais de 2 mil em todo Estado.
Continuamos acompanhando a recuperação do mesmo e colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos.