O casamento até que durou, foram exatos 13 anos de uma relação cheia de altos e baixos, mas chegou ao fim, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) resolveu abandonar o Partido dos Trabalhadores (PT).
O fim da relação, que nos últimos anos passou de casamento a união estável, quase já era dado como certo, nós últimos dias a cúpula do PMDB do Rio e de Minas, maiores bases de apoio ao não rompimento, decidiram que também desembarcariam da base. A partir daí o fim foi decretado, mas como todo bom divorcio, faltava oficializar e isso foi feito na tarde desta terça-feira (29) quando mais de 100 membros do Diretório Nacional do PMDB decidiram por aclamação deixar a base de apoio ao governo.
Agora o PMDB deixará todos os cargos que ocupa no governo, no inicio da noite de ontem (28) o agora ex-ministro do turismo, Henrique Eduardo Alves, entrou a carta de renuncia a presidente Dilma Rousseff, o Alves disse que a decisão de entregar o cargo foi "difícil", mas que o diálogo "se exauriu".
Apesar da debandada geral o ministro de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, já deu sinais de que não pretende deixar a pasta, “Por mim, a minha equipe continua trabalhando lá no ministério até que essa crise tenha um desfecho”, afirmou Pansera na comissão de Ciência e Tecnologia do Senado.
O ministro também afirmou ser contra o impedimento da presidente "Como deputado vou votar contra, eu acho que não existe ainda fato que determine o impeachment, essa é uma batalha minha.”, disse ele.
A bancada do PMDB na Câmara agora está dividida entre deputados pró e contra impeachment. Do outro lado da praça dos três poderes o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é a principal boia do governo que vem tentando não afundar.
Em entrevista está semana o ex-presidente Luiz Inácio da Silva disse que aposta em apoio de parte da legenda "Acho que vai acontecer o que aconteceu em 2003. O governo vai construir uma base parlamentar com o PMDB e vamos ter uma espécie de coalizão sem a concordância da direção", afirmou. "Quando ganhei as eleições, em 2003, em um primeiro momento o PMDB não me apoiou. Mas uma parte da legenda no Senado me apoiava e nós conseguimos governar.", finalizou.