19/03/2019
Professora morta por ex-marido em RO queria entrar com medida protetiva contra ele
A professora foi morta no último domingo (17), em Candeias do Jamari. O suspeito de cometer o crime é o ex-companheiro dela. A maioria dos golpes acertaram a cabeça da mulher, que faleceu minutos depois da agressão.
Um dia antes de ser morta a pauladas, a professora Joselita Félix, de 47 anos, encaminhou áudios para uma amiga relatando a situação que vivia com o ex-companheiro, Ueliton Aparecido, suspeito de ter cometido o crime.

Em um trecho, a vítima menciona que queria entrar com uma medida protetiva contra ele, pois, segundo ela, caso o suspeito tentasse chegar perto dela, seria preso sem o direito de pagamento de fiança.

"Mas com a medida protetiva, ele sabe que se acontecer, se ele me ligar, se ele fizer qualquer coisa, vai preso sem fiança, entendeu?", menciona Joselita.

A professora foi morta no último domingo (17), em Candeias do Jamari. O suspeito de cometer o crime é o ex-companheiro dela. A maioria dos golpes acertaram a cabeça da mulher, que faleceu minutos depois da agressão.

O corpo de Joselita foi enterrado na manhã desta segunda-feira (18) sob forte comoção de amigos, alunos e professores. Uma manifestação acontece nesta segunda, em Porto Velho, em homenagem à vítima e contra o crime de feminicídio.

O suspeito segue preso e, segundo o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), acontece na terça-feira (19) a audiência de custódia dele.

O boletim de ocorrência que trata da morte da professora foi registrado no dia do crime como feminicídio e tentativa de homicídio contra o pai dela, de 74 anos. O idoso segue internado no Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, em Porto Velho.

Ele tentou impedir a agressão contra a educadora no momento em que ela foi atacada, mas ficou ferido. Conforme boletim médico, o homem sofreu escoriações na cabeça, mas o estado de saúde dele é estável.

Horas antes do assassinato

De acordo com o conteúdo do áudio enviado à amiga no sábado (16), a diretora de escola Ana Célia dos Santos Bezerra, a vítima disse que entraria com o pedido de medida de segurança contra o ex-companheiro nesta segunda-feira e que seguiria ao Instituto Médico Legal (IML) de Porto Velho para exames.

O motivo é que ela foi agredida pelo ex-companheiro com murros, que a atingiram na cabeça e no braço.

"To muito, muito machucada, muito machucada. Eu tenho um pouco de vergonha de falar isso, entendeu? Que nunca apanhei de ninguém. Foi para a delegacia, foi a coisa mais horrível que eu passei na minha vida", disse a vítima.

Por conta dessa agressão narrada pela professora, o homem foi preso no sábado. Porém, ele foi liberado horas depois assim que pagou uma fiança de R$ 4 mil. Em entrevista à Rede Amazônica, o delegado Fábio Moura afirmou que o crime de agressão é afiançável, ou seja, o suspeito pode ser solto depois de pagar uma fiança.

O boletim de ocorrência desse episódio foi registrado pela Polícia Militar como lesão corporal, caracterizado como violência doméstica.

Esse foi o estopim para a vítima decidir entrar com uma medida protetiva contra o ex-marido, segundo o que relatou à amiga no áudio. A professora também disse que pretendia mudar a rotina para evitar encontro com o suspeito.

"Pedi tudo que eu tinha direito, né, medida protetiva e tal. Vou representar em tudo. E aí eu vou agora tentar me proteger até sair a medida de segurança, que na verdade é só um limite pra ele", contou Joselita em áudio.

"Não é o que vai me dar segurança. Eu vou ter que mudar toda a minha rotina, entendeu?", disse a vítima de feminicídio.

Trajetória

Aos 47 anos, Joselita era servidora municipal de Porto Velho, mas atualmente morava em Candeias do Jamari para cuidar dos pais, um casal de idosos.

Joselita Félix era graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Rondônia desde 1992 e também tinha bacharel em Direito pela Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e Letras de Rondônia (2007).

Após o caso de feminicídio, internautas se revoltaram e fizeram postagens pedindo Justiça para a educadora. Uma aluna postou, no domingo, que a educadora sempre motivou os alunos a estudarem. "Nos acompanhou, nos viu crescer. Nos estimulava a estudar. Às vezes umas brigas, uns puxões de orelha, mas muita alegria, aprendizado e comilança", relembra.

Lei

A Lei nº 13.104, conhecida como a Lei do Feminicídio, foi sancionada em março de 2015 pela então presidente Dilma Rousseff. Ela incluiu o crime no Código Penal Brasileiro como uma modalidade de homicídio qualificado, entrando, assim, na lista de crimes hediondos.

A justificativa para a necessidade de uma lei específica aos crimes relacionados ao gênero feminino está no fato de grande parte dos assassinatos de mulheres nos últimos anos serem cometidos dentro da própria casa das vítimas, muitas vezes por companheiros ou ex-companheiros.







 

Fonte: Mayara Subtil - G1 RO
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