Manifestação pede Justiça em caso de professora morta a pauladas pelo ex-marido
Aos gritos de Justiça e segurando cartazes com os dizeres "Somos a voz da Jô" ou "Parem de nos matar! Chega de feminicídio", dezenas de participantes, homens, mulheres e amigos da vítima foram às ruas da capital em protesto ao caso que terminou em morte.
A forte repercussão do assassinato da professora Joselita Félix, de 47 anos, que foi registrado como feminicídio, resultou em uma manifestação durante a noite desta segunda-feira (18), em Porto Velho.
Aos gritos de Justiça e segurando cartazes com os dizeres "Somos a voz da Jô" ou "Parem de nos matar! Chega de feminicídio", dezenas de participantes, homens, mulheres e amigos da vítima foram às ruas da capital em protesto ao caso que terminou em morte.
A maioria das pessoas que participaram da mobilização estavam vestidas de preto em sinal de luto pelo assassinato da educadora. Também fizeram um minuto de silêncio, cantaram "Caminhando", de Geraldo Vandré, e oraram.
A concentração dos manifestantes começou na Faculdade Fimca, em Porto Velho, por volta das 19h. Depois disso, o grupo realizou uma caminhada e retornou para a instituição de ensino.
A mobilização contou, ainda, com uma roda de debate, onde assuntos em alusão à Justiça e ao crime de feminicídio estavam em pauta.
Joselita Félix, segundo o Boletim de Ocorrência (BO), foi morta a pauladas pelo ex-companheiro no último domingo (17), em Candeias do Jamari. Um dia antes de ser assassinada, ela mandou áudios para uma amiga dizendo que pretendia entrar com uma medida protetiva contra Ueliton Aparecido.
Ele segue preso pelo crime de feminicídio cometido contra a professora. A audiência de custódia dele acontece na terça-feira (19). O corpo da vítima foi enterrado também nesta segunda sob forte comoção de amigos, alunos e professores.
O BO que trata da morte da professora foi registrado no dia do crime como feminicídio e tentativa de homicídio contra o pai dela, de 74 anos. O idoso segue internado no Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, em Porto Velho.
Ele tentou impedir a agressão contra a educadora no momento em que ela foi atacada, mas ficou ferido. Conforme boletim médico, o homem sofreu escoriações na cabeça, mas o estado de saúde dele é estável.