Trabalhadores, sindicatos e centrais sindicais fazem manifestação contra reforma da previdência nesta sexta-feira, 22
A PEC impõe a idade mínima de 65 anos e 62 anos para homens e mulheres, repectivamente, se aposentarem e aumenta o tempo de contribuição de 15 para 20 anos para receber o benefício e acaba com a vinculação entre os benefícios previdenciários ao salário mínimo.
Trabalhadores, sindicatos e centrais sindicais de todo país irão às ruas nesta sexta-feira (22), contra a proposta de reforma da previdência enviada por Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional.
Em nota encaminhada a imprensa a Central Única dos Trabalhadores (CUT), maior central sindical do país afirma que "Ao contrário do que diz o governo Jair Bolsonaro (PSL), a reforma da Previdência não vai garantir a aposentadoria das gerações futuras nem da atual, vai restringir o acesso à aposentadoria e reduzir o valor dos benefícios, em especial dos trabalhadores mais pobres", afirmou em nota.
Se o Congresso Nacional aprovar o texto da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 06/2019, que trata da reforma, a CUT afirma ainda que "Milhares de trabalhadores e trabalhadoras não vão conseguir se aposentar e muitos se aposentarão com benefícios de menos de um salário mínimo. E os que já estão aposentados terão o valor dos benefícios achatados. A reforma de Bolsonaro é muito pior do que a de Michel Temer (MDB)".
A PEC impõe a idade mínima de 65 anos e 62 anos para homens e mulheres, repectivamente, se aposentarem e aumenta o tempo de contribuição de 15 para 20 anos para receber o benefício e acaba com a vinculação entre os benefícios previdenciários ao salário mínimo.
Segundo a nota da CUT "Isso significa que os reajustes dos aposentados serão menores do que os reajustes dos salários mínimos"
A Central afirma ainda que " A reforma de Bolsonaro prevê que a idade mínima aumentará a cada quatro anos a partir de 2024, ou seja, a regra para que um trabalhador possa se aposentar no futuro poderá ficar ainda pior".
Chamado pelos trabalhadores de Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, a CUT, demais centrais e movimentos sociais vão as ruas de todo o país para lutar contra a reforma. Segundo os organizadores se trata de um esquenta para a greve geral que os trabalhadores vão fazer se Bolsonaro insistir em aprovar essa reforma.
Em Porto Velho o ato acontecerá, às 17h, na praça Marechal Rondon, conhecida popularmente como praça do baú.