Ministro Ricardo Vélez preferiu o discurso do ataque e não o da união
O ministro dos sonhos e planos do presidente Bolsonaro seria o professor Stravos Xanthopoylos que tem larga experiência em gestão da educação e foi diretor executivo da FGV-RIO uma das mais importantes e conceituadas instituições de ensino, pesquisa e extensão da América Latina.
Desde a escolha de Ricardo Vélez, colombiano que reside no Brasil desde 1979 para ocupar a mais importante pasta do país, a da Educação, o MEC está letárgico e com problemas de depressão. A escolha do ministro Vélez se deu por indicação do seu amigo de longa data, o astrólogo Olavo de Carvalho, mais conhecido por ser o “guru” dos filhos do presidente Jair Bolsonaro.
O ministro dos sonhos e planos do presidente Bolsonaro seria o professor Stavros Xanthopoylos que tem larga experiência em gestão da educação e foi diretor executivo da FGV-RIO uma das mais importantes e conceituadas instituições de ensino, pesquisa e extensão da América Latina. O nome do professor Stravos seria anunciado pelo então presidente eleito no dia 05 de novembro de 2018, porém foi adiado por interesse maior de Olavo de Carvalho em desejo de transformar o MEC numa filial de suas paranoias diretamente de Virgínia, Estados Unidos onde reside. Olavo usou a influência sobre o filho Eduardo Bolsonaro para conseguir “dar” o MEC para o aprendiz-olaviano, Ricardo Velez.
Vélez Rodríguez chegou ao Brasil em 1979, fugindo da violência na Colômbia onde, no ano anterior, haviam sido assassinados dezoito professores. Em entrevista à revista Veja, Vélez disse: “O brasileiro viajando é um canibal. Rouba coisa dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião, ele acha que pode sair de casa e carregar tudo. Esse é o tipo de coisa que tem de ser revertido na escola”.
Defende o regime militar instaurado em 1964 no Brasil e, segundo ele, o dia 31 de março de 1964, que marca o golpe militar no Brasil (que ele chama de revolução, comparando-a à Revolução Gloriosa de 1688, na Inglaterra), é "uma data para lembrar e comemorar" porque "nos livrou do comunismo".
Ricardo Vélez é o protagonista dos piores momentos da crise política institucionalizada no Planalto. Conseguiu superar a ministra Damares Alves dos Direitos Humanos que, ao perceber que estava falando demais e se comportando além daquilo que o cargo exige, recolhe-se discretamente e pouco consegue polemizar.
As baixar no MEC durante os últimos 15 dias mostra-nos a ineficiência de Ricardo em administrar um ministério gigantesco como o MEC. Tem um orçamento superior a 108 bilhões, demanda em todos os municípios do país e com a responsabilidade única de dar novos rumos e direcionamentos ao sistema de ensino do Brasil. Vélez não tem a experiência política necessária que se agregue ao perfil de um homem técnico. Prefere resolver o mote ministerial a partir da cozinha de seu apartamento institucional. Quiçá o nome do professor Stravos que está em evidência e cotado a substituir Ricardo no MEC torne realidade nos próximos dias. Não podemos errar. O presidente Bolsonaro não precisa de inimigos-ministros. O Brasil precisa de um novo nome para dirigir esse trem enorme chamado Ministério da Educação.