Comissão de Saúde solicita da ALE investimentos para incentivar doação de órgãos
Segundo a solicitação, a divulgação poderá ser feita através da imprensa. Camopanha tem com finalidade conscientizar e incentivar a população de Rondônia sobre o assunto.
Foto: José Hilde/Decom-ALE-RO/Reprodução A Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social, através de requerimento encaminhado à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, solicitou que o parlamento analise a possibilidade de dar o respectivo auxílio na divulgação da doação de órgãos e tecidos através da mídia local.
Segundo a solicitação, a divulgação poderá ser feita através da imprensa, seja através da televisão, jornal impresso, rádio, sites jornalísticos, boletins informativos ou campanhas que tenham como finalidade, conscientizar e incentivar a população de Rondônia sobre o assunto.
De acordo com o presidente da comissão, Dr. Neidson (PMN), o requerimento tem a finalidade de proporcionar maior incentivo a sociedade rondoniense, onde a premissa principal é a conscientização das pessoas quanto a doação de órgãos e tecido, como um ato de caridade e amor ao próximo.
“Este gesto altruísta faz com que muitas vidas deixem de ser ceifadas, resgatando aquilo que é o bem mais precioso que o ser humano pode ter que é a vida”, citou o deputado.
Segundo o parlamentar, ajudar a conscientizar sobre o assunto é algo vital para o melhoramento da realidade dos transplantes realizados no país. O gesto cita o deputado, é simples e gratuito, bastando apenas comunicar a família para que, caso necessário, o procedimento seja autorizado. “Porque é preciso esclarecer que o doador em vida precisa ter mais de 18 anos de idade”, acrescenta Dr. Neidson.
No requerimento, a comissão ressalta que, por outro lado, a negativa das famílias de possíveis doadores em não flexibilizar a retirada do órgão depois de constatada a morte cerebral da pessoa, continua sendo sem o maior motivo para a redução das doações.
A Comissão de Saúde afirma que, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), atualmente em cada 100 famílias que são procuradas, quase metade se negam a permitir tal ato, qual seja a doação.
Diante dos aspectos apresentados, segundo a comissão, é que se tem a necessidade de estabelecer, com maior abrangência, todas as informações pertinentes a doação de órgãos e tecidos, como forma de dar mais veemência ao caso, orientando e conscientizando pessoas e famílias sobre a doação de órgãos humanos entre intervivos.
O presidente da comissão acrescenta que, segundo a ABTO, os órgãos que podem ser transplantados entre pessoas vivas são fígado, pois havendo uma parte retirada ele se regenera; a medula óssea, pois esta produz os componentes do sangue e fica dentro do osso, o sangue e o rim.
Por fim, Dr. Neidson esclarece que, para preservar a integridade física e mental do doador, a legislação preceitua que somente poderá haver doação de órgãos duplos, partes regeneráveis ou recuperáveis de órgão único, como o fígado.
“Pois a vida do ser humano deverá ser sempre preservada”, conclui o presidente da Comissão de Saúde.